Mediante el análisis de los vínculos segmentados partido–votante desarrollados por la Unión Demócrata Independiente (UDI), un partido conservador chileno, este artículo demuestra la utilidad de combinar el esquema de vínculos partido–votante de Kitschelt con el enfoque conceptual de Gibson sobre las características de las coaliciones electorales conservadoras. En Latinoamérica los partidos aprovechan la fragmentación social y la disponibilidad de financiamiento no estatal de campañas electorales para desarrollar múltiples tipos de vínculos con bases sociales diversas y segmentadas. Aunque la UDI es un partido de oposición, su trayectoria histórica y organización le han permitido recibir fondos privados de su electorado tradicional (sectores empresariales y conservadores), identificado con el partido y cuyas preferencias programáticas e intereses representa en el congreso. Dichos fondos fueron utilizados para desarrollar una estrategia de movilización carismática y la implementación de intercambios particularistas con una nueva base electoral (votantes no tradicionales de la derecha radical, en sectores de bajo ingreso), dando lugar a una estrategia electoral segmentada pero nacionalmente integrada.
By analysing the socially segmented party–voter linkages deployed by the Unión Demócrata Independiente (Independent Democratic Union, UDI), a Chilean conservative party, this article demonstrates the usefulness of combining Kitschelt's party–voter linkage framework with Gibson's conceptual approach to conservative party electoral coalition-making. In Latin America, parties take advantage of social fragmentation and the availability of non-state campaign financing to combine multiple linkage types and thus attract socially diverse constituencies. Although it is an opposition party, UDI's historical trajectory and organisation have enabled it to receive private funds from its traditional and party-identified core constituency (business and conservative sectors), whose programmatic preferences and interests it represents, and then use these resources in a ‘charismatic’ mobilisation approach and particularistic exchanges with a non-core constituency (low-income, non-traditional voters of the radical right), in a segmented, but nationally integrated, electoral strategy.
Ao analisar as conexões socialmente segmentadas entre partido e eleitor empregadas pela Unión Demócrata Independiente (UDI), um partido chileno conservador, este artigo demonstra a utilidade de unir a estrutura das conexões partido-eleitor de Kitschelt com a abordagem conceitual de Gibson para analisar o processo de coalizão eleitoral dos partidos conservadores. Na América Latina, partidos aproveitam a fragmentação social e a disponibilidade de financiamento de fontes privadas para campanhas para realizarem múltiplas espécies de ligações, atraindo, dessa forma, um eleitorado socialmente diverso. Embora seja um partido de oposição, a trajetória e organização da UDI possibilitaram com que recebesse fundos privados de seu eleitorado tradicional e fiel (setores empresariais e conservadores), cujas preferências e interesses programáticos são representados pela UDI. Em uma estratégia eleitoral segmentada, mas nacionalmente integrada, em seguida utilizou-se desses recursos em abordagem ‘carismática’ de mobilização e em intercâmbios clientelísticos com o eleitorado ‘flutuante’, eleitores de baixa renda que tradicionalmente não elegem a direita radical.