Brasil
Este trabalho buscou analisar percepções de gestores de escolas públicas sobre a relação entre educação, diversidade e escola inclusiva. A pesquisa pautou-se em uma perspectiva teórica qualitativa nos moldes definidos por Ludke e André (2015). A atenção aos métodos de construção e procedimentos de análise de dados tomou como base, além de pesquisa bibliográfica, a realização de entrevistas analisadas à luz da perspectiva da análise de conteúdo nos moldes definidos por Bardin (2011). A análise das percepções dos sujeitos levou em consideração o que, sobretudo Chartier (1990) considera como representações. O entendimento sobre a instituição escola pauta-se nas proposições de Charlot (1979, 2009, 2013, 2018). Diversidade, aqui, não se limita à esfera cultural e não se confunde com as diferenças, portanto, considera as origens, as permanências e as implicações das desigualdades. Se por um lado, identificou-se cuidado com o politicamente correto no uso das palavras; por outro lado, equívocos conceituais foram correntes nas narrativas dos gestores escolares quanto à diversidade e à escola inclusiva. Constatou-se a ausência de conhecimentos e experiências formativas continuadas sobre o assunto.