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El presente trabajo se ocupa de los diferenciales en las condiciones de vida a partir del análisis de la estructura de clases sociales en el Gran Buenos Aires (gba) en el periodo 2003-2013. Específicamente se estudia la relación existente entre la posición que ocupan los hogares en la estructura de clases, la percepción de ingresos (desagregado por fuente laboral o no laboral), la calidad de los empleos en los que se insertan los miembros de cada clase y la situación habitacional.Para el desarrollo de la investigación, se utilizaron como fuente de información las bases de microdatos de la Encuesta Permanente de Hogares (eph) del Instituto Nacional de Estadísticas y Censos (indec). El esquema de clases sociales utilizado se construye a partir del Nomenclador de la Condición Sociocupacional de Susana Torrado (1992, 1998). El objetivo general de este artículo es indagar sobre los cambios y/o continuidades en las condiciones de bienestar, durante gran parte del periodo kirchnerista (2003-2013), al interior de la estructura de clases. De este modo, se aportan insumos para pensar la desigualdad social y, a más largo plazo, elementos para repensar los efectos que el modelo socioeconómico, centrado en el empleo, tuvo sobre la estructura de clases, particularmente en su composición.Los principales resultados indican que en el periodo analizado se evidencia una mayor participación de la clase trabajadora en la estructura de clases, de la mano de una recomposición de sus ingresos monetarios. El efecto de lo anterior es la baja en los niveles de subocupación y el aumento del trabajo registrado. Finalmente, en relación con los indicadores de hábitat, hacia el final del periodo la distribución continúa siendo marcadamente desigual por estructura de clases, siendo los estratos más bajos los más desventajados, aunque se evidencia una mejora en términos de conexión a servicios básicos para los trabajadores marginales y obreros calificados.
The article addresses the differences in living conditions based on the analysis of social class structures in Greater Buenos Aires (gba) during the period 2003-2013. Specifically, it studies the relation among the position occupied by households in the class structure, the source of income (employment or non-employment), the types of jobs held by the members of each class, and the housing situation.The source of information used for the research project were the microdata bases of the Permanent Household Survey (eph, according to its acronym in Spanish) of the National Institute of Statistics and Censuses (indec, according to its acronym in Spanish). The social classes scheme used was built on the basis of Susana Torrado’s Nomenclador de la Condición Sociocupacional (Classification of Socio-occupational Status, 1992, 1998). The general objective of the article is to inquire into the changes and/or continuities in wellbeing conditions during most of the Kirchner period (2003-2013), in the framework of the class structure. Thus, it provides inputs to think about social inequality and, in the longer term, elements to revisit the effects that the socioeconomic model focused on employment had on class structure, particularly, on its composition.The main results show that during the period analyzed there was a greater participation of the working class in the class structure, as well as a recomposition of their monetary income. This led to a decrease in underemployment levels and increase in reported work. Finally, with respect to habitat indicators, the distribution continued to be significantly unequal in terms of class structure. The lowest strata were the most disadvantaged, although there was improvement regarding connection to basic services for marginal and skilled workers.
Este trabalho trata dos diferenciais nas condições de vida a partir da análise da estrutura de classes sociais na Grande Buenos Aires entre 2003 e 2013. Em específico, estuda-se a relação existente entre a posição que os lares ocupam na estrutura de classes, a percepção de renda (desagregada por fonte trabalhista ou não trabalhista), a qualidade dos empregos dos membros de cada classe e a situação habitacional.Para o desenvolvimento da pesquisa, foram utilizadas como fonte de informação as bases de microdados da Pesquisa Permanente de Lares do Instituto Nacional de Estatística e Censos. O esquema de classes sociais utilizado constrói-se a partir do Nomenclador da Condição Sócio-ocupacional de Susana Torrado (1992, 1998). O objetivo geral deste artigo é questionar acerca das mudanças ou continuidades nas condições de bem-estar durante grande parte do período kirchnerista (2003-2013), no interior da estrutura de classes. Desse modo, contribuem-se com insumos para pensar a desigualdade social e, em longo prazo, elementos para repensar os efeitos que o modelo socioeconômico, centralizado no emprego, teve sobre a estrutura de classes, em particular, em sua composição.Os principais resultados indicam que, no período analisado, evidencia-se maior participação da classe trabalhadora na estrutura de classes, em conjunto com uma recomposição de seus proveitos monetários. O efeito disso é a baixa nos níveis de subocupação e o aumento do trabalho registrado. Finalmente, em relação aos indicadores de habitação, no final do período, a distribuição continua sendo marcadamente desigual por estrutura de classes, e as mais baixas são as mais em desvantagem, embora se evidencie uma melhora em termos de acesso a serviços básicos para os trabalhadores marginais e operários qualificados.
