This brief essay aims at discussing evidence on the diffuse connections between the mass culture of contemporary consumption and the explosions of extreme violence in society, in attempt, as far as possible, to understand possible historical facts. As the scenes of torture, beheadings, and carnage seem to have jumped from the movie screens to our everyday life in reality, there may be a good starting point for this reflection, which is much more intuitive than academic, even because the history of the present cannot be written if not by means of critical essays. Thus, the paper commutes from horror films, such as Hostel, to great novels such as Victor Hugo’s Last Day of a Condemned Man, seeking to identify connections in a cultural aesthetic of criminal dimension.
Este breve ensaio pretende debater indícios de algumas conexões difusas entre a cultura de massas na voragem contemporânea e explosões de violência extrema, tentando, na medida do possível, compreender possíveis lastros históricos. Como as cenas de tortura, decapitações e esquartejamentos parecem ter saltado das telas de cinema para a nossa vida cotidiana a real, talvez resida aí um bom gancho de partida para essa reflexão, muito mais intuitiva do que propriamente acadêmica, até porque a história do presente não se pode fazer se não por meio de ensaios críticos. Assim, o texto transita de filmes de terror, como O albergue, a grandes romances, como O último dia de um condenado, de Victor Hugo, procurando identificar conexões para uma estética cultural da dimensão penal.