O texto analisa as ideias mestras do pensamento de José Mariano da Rocha Filho, o pioneiro da interiorização do Ensino Superior no Brasil na UFSM. Perscruta o seu deslumbramento pelo modelo norte-americano de Universidade e seu projeto de transplantá-lo para o centro do Rio Grande do Sul, encontrando apoio do Governo Militar na sua proposta desenvolvimentista e dependente. Mostra que a “Nova Universidade” e a “Multiversidade” concebidas pelo Reitor representaram, por um lado, um avanço modernizador na estruturação, gestão e expansão do Ensino Superior e, ao mesmo tempo, um processo ideologicamente conservador e até reacionário, porquanto assentado em um ideário antidemocrático, centralizador e com um viés isolacionista. O que explica sua pouca duração. A pesquisa se instrumentalizou em análise crítica da produção bibliográfica de Mariano da Rocha e outros comentaristas e biógrafos.