Láysa Rodrigues de Lima Gomes, Marcelle dos Santos Alusiar, Thiago Naum Alves Rocha, Anderson Quadros de Alcantara, Simone Argentino, Lorena de Oliveira Tannus, Ana Paula Marinho Lopes, Amanda da Costa Silveira Sabbá
Objetivo: Avaliar o uso não prescrito do Cloridrato de Metilfenidato por estudantes universitários da área da saúde, observando sua prevalência, principais motivos e efeitos percebidos. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática de artigos publicados entre 2010 e 2024, na Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MedLine), PubMed e Embase em abril de 2024, seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Dos 588 documentos inicialmente encontrados, foram incluídos 8 artigos científicos. Entre os principais resultados, destacam-se que a prevalência do uso não prescrito do Cloridrato de Metilfenidato variou de 2,15% a 68,11%, os principais motivos foram compensar a privação de sono (87,5%) e melhorar o desempenho acadêmico (75%), e os efeitos positivos e negativos mais prevalentes foram aprimoramento cognitivo (75%) e ansiedade (83%), respectivamente, demonstrando a necessidade da discussão acerca desse assunto, além da conscientização contra o uso indiscriminado deste medicamento entre os universitários. Sobre os meios de obtenção do Cloridrato de Metilfenidato, o mais citado foi a obtenção por meio de algum conhecido (83%), o que também aponta falhas nas políticas públicas de segurança contra esse ato. Conclusão: Percebe-se uma forte tendência ao uso não prescrito do Cloridrato de Metilfenidato por estudantes da saúde, especialmente do curso de medicina. Urge a adoção de políticas públicas para o desenvolvimento de estratégias contra a automedicação entre os universitários, além da fiscalização da distribuição adequada do medicamento.