Objetivo: Avaliar o uso não prescrito do Cloridrato de Metilfenidato por estudantes universitários da área da saúde, observando sua prevalência, principais motivos e efeitos percebidos. Métodos: Realizou-se uma revisão sistemática de artigos publicados entre 2010 e 2024, na Scientific Electronic Library Online (SciELO), Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (MedLine), PubMed e Embase em abril de 2024, seguindo as diretrizes do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA). Resultados: Dos 588 documentos inicialmente encontrados, foram incluídos 8 artigos científicos. Entre os principais resultados, destacam-se que a prevalência do uso não prescrito do Cloridrato de Metilfenidato variou de 2,15% a 68,11%, os principais motivos foram compensar a privação de sono (87,5%) e melhorar o desempenho acadêmico (75%), e os efeitos positivos e negativos mais prevalentes foram aprimoramento cognitivo (75%) e ansiedade (83%), respectivamente, demonstrando a necessidade da discussão acerca desse assunto, além da conscientização contra o uso indiscriminado deste medicamento entre os universitários. Sobre os meios de obtenção do Cloridrato de Metilfenidato, o mais citado foi a obtenção por meio de algum conhecido (83%), o que também aponta falhas nas políticas públicas de segurança contra esse ato. Conclusão: Percebe-se uma forte tendência ao uso não prescrito do Cloridrato de Metilfenidato por estudantes da saúde, especialmente do curso de medicina. Urge a adoção de políticas públicas para o desenvolvimento de estratégias contra a automedicação entre os universitários, além da fiscalização da distribuição adequada do medicamento.