Alberto Cesar Abreu Louzeiro, Roziane Brito Oliveira Mota, Weden Almeida Vaz, Abílio Jorge Cunha Macedo, Giovane Magalhães Coimbra, Jubenilson Santos Castro, José Antonio da Silva, Elizeth Rosa Ferreira
Maria Firmina dos Reis, reconhecida como a primeira romancista brasileira, deixou um legado literário e social significativo. Sua obra principal, Úrsula (1859), é considerada pioneira no abolicionismo literário ao abordar a escravidão de forma humanista, dando voz e humanidade aos personagens escravizados. Nascida no Maranhão, Maria Firmina desafiou as barreiras impostas às mulheres negras em um contexto de exclusão e racismo. Além de escritora, destacou-se como educadora e defensora da igualdade, promovendo debates sobre questões raciais e sociais em sua época. Apesar de ter sido esquecida por décadas, sua obra foi redescoberta no século XX, ganhando destaque nos estudos acadêmicos. Hoje, é vista como um símbolo de resistência e representatividade, inspirando debates sobre inclusão e diversidade na literatura brasileira. O resgate de sua obra reforça a importância de reconhecer as contribuições de autores afrodescendentes para a construção de uma narrativa cultural mais ampla e inclusiva.