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This work proposes a discussion about Nietzsche's critique of criminal institutions. The topic is approached through a passage taken from the book “Daybreak” about a conjecture in which a criminal would denounce himself. In this regard, this study aims to understand whether Nietzsche's subversion of the traditional concept of criminal justice can be related to the proposals of restorative justice, when he states that the penalty should also serve as an honor to the transgressor. The research problem is to verify if there is a theoretical compatibility between Nietzschean philosophy and the foundations of restorative justice. As a method of approach, the starting point is the conceptual interpretation of the philosopher's texts and their analytical comparisonwith the main theses supported by the restorative justice movement. Based on these premises, the paper discusses the possibility of visualizing in the philosopher a theoretical anticipation of some fundamental ideas of restorative justice, such as the emphasis on repairing damage instead of punishment. The study concludes that Nietzsche's views and restorative justice are not fully reconcilable
Este trabalho propõe uma discussão sobre a crítica de Nietzsche às instituições criminais. O tema é abordado a partir de uma passagem colhida do livro “Aurora” sobre uma conjectura na qual um criminoso denunciaria a si mesmo. Nesse sentido, o objetivo deste estudo é compreender se a subversão do conceito tradicional de justiça criminal, realizada por Nietzsche ao propugnar que a pena deve servir também como uma honra ao transgressor, pode ser relacionada às propostas da justiça restaurativa. O problema da pesquisa é verificar se há uma compatibilidade teórica entre a filosofia nietzschiana e os fundamentos da justiça restaurativa. Como método de abordagem, parte-se da interpretação conceitual dos textos do filósofo e de sua comparação analítica com as principais teses sustentadas pelo movimento da justiça restaurativa. A partir dessas premissas, discute-se a possibilidade de se visualizar no filósofo uma antecipação teórica de algumas ideias fundamentais da justiça restaurativa, como a ênfase na reparação do dano ao invés da punição. O estudo conclui que as visões de Nietzsche e da justiça restaurativa não são plenamente conciliáveis
