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Maysa Ortolani Matera, Gabriel dos Santos, Maíza Pelissari Migliorini, Karyn Maria Wenglarek, Thais de Lima da Silva, Flávia Cristina Colmenero, Isabela Hess Justus, Bruna Karas, Marcelo de Oliveira Dreweck, Sergio Ossamu Ioshii, Mario Claudio Soares Sturzeneker
A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), atualmente denominada doença hepática esteatótica associada à disfunção metabólica (MASLD), tem sido descrita como a causa mais comum de doença hepática crônica. A DHGNA/MASLD tem sido amplamente relacionada à doença aterosclerótica que é estreitamente relacionada aos níveis de colesterol. A gema de ovo de galinha, componente comum da alimentação humana, é fonte rica em colesterol. Entretanto, a relação entre as fontes naturais de colesterol como a gema de ovo e o desenvolvimento de doenças em humanos encontra-se mal elucidada e não há critérios estabelecidos para seu consumo racional. Objetivou-se avaliar os efeitos hepáticos e metabólicos de um alimento à base de gema de ovo em ratos Wistar e desenvolver um modelo experimental de DHGNA/MASLD. Foram utilizados 12 ratos, divididos 3 grupos: controle basal (GB), controle normal (GN) e gema de ovo (GG). O GN recebeu ração padrão, o GG alimento à base de gema de ovo durante 16 semanas. O GB foi sacrificado na linha de base e os demais na 16ª semana. Foram coletadas amostras de sangue e de tecido hepático na eutanásia. Não foram observadas alterações histológicas hepáticas nos grupos controle (GB e GN). A esteatose e a balonização ocorreu em 100%, a inflamação lobular em 50% do GG. A fibrose e escores compatíveis com a presença de esteatohepatite não foram observados no GG. Pode-se concluir que houve o desenvolvimento de fígado gorduroso não alcoólico, mas não houve o desenvolvimento de esteatohepatite não alcoólica em ratos Wistar com o alimento utilizado.
