Augusto Silva Alves, Andressa Araújo Ferreira, Daniel Lopes Costa, Gabriela Nascimento Moura, Lívia Chagas Santana Ribeiro, Maria Fernanda Morais Félix, Petronilio de Araujo Neto, Ivaneide de Oliveira Nascimento
Esta revisão analisa os impactos dos microplásticos nas áreas de nidificação de tartarugas marinhas, evidenciando os riscos associados à contaminação em diferentes regiões. Estudos mostram que microplásticos estão amplamente distribuídos em praias de nidificação, com variações significativas nas concentrações e tipos de materiais encontrados, predominando microfibras, espumas e fragmentos, especialmente em áreas com intensa atividade humana. Os microplásticos afetam a temperatura do solo e a permeabilidade da areia, alterando o ambiente de incubação dos ovos e, consequentemente, o desenvolvimento dos embriões. Evidências sugerem que o aumento da concentração de microplásticos pode elevar a temperatura da areia, o que resulta em uma maior proporção de filhotes fêmea, representando uma ameaça adicional para populações já vulneráveis. Além disso, microplásticos foram encontrados em embriões, com a presença de polímeros como polietileno e PVC, que podem acumular poluentes nocivos. A ingestão de microplásticos por filhotes após o nascimento também é uma preocupação, impactando sua sobrevivência. Apesar dos avanços, ainda há lacunas significativas na pesquisa sobre a transferência de contaminantes e a interação entre estressores ambientais. Conclui-se que mais estudos são necessários para aprofundar o conhecimento sobre os efeitos dos microplásticos nas tartarugas marinhas.