Esta revisão analisa os impactos dos microplásticos nas áreas de nidificação de tartarugas marinhas, evidenciando os riscos associados à contaminação em diferentes regiões. Estudos mostram que microplásticos estão amplamente distribuídos em praias de nidificação, com variações significativas nas concentrações e tipos de materiais encontrados, predominando microfibras, espumas e fragmentos, especialmente em áreas com intensa atividade humana. Os microplásticos afetam a temperatura do solo e a permeabilidade da areia, alterando o ambiente de incubação dos ovos e, consequentemente, o desenvolvimento dos embriões. Evidências sugerem que o aumento da concentração de microplásticos pode elevar a temperatura da areia, o que resulta em uma maior proporção de filhotes fêmea, representando uma ameaça adicional para populações já vulneráveis. Além disso, microplásticos foram encontrados em embriões, com a presença de polímeros como polietileno e PVC, que podem acumular poluentes nocivos. A ingestão de microplásticos por filhotes após o nascimento também é uma preocupação, impactando sua sobrevivência. Apesar dos avanços, ainda há lacunas significativas na pesquisa sobre a transferência de contaminantes e a interação entre estressores ambientais. Conclui-se que mais estudos são necessários para aprofundar o conhecimento sobre os efeitos dos microplásticos nas tartarugas marinhas.