Este artículo es el primero de una serie que aborda la radicalización violenta desde diferentes ángulos: la naturaleza de la radicalización islamista violenta en España, un estudio comparativo de este tipo de radicalización entre diferentes países de Europa, Estados Unidos y la India, la necesidad de refinar los índices territoriales de radicalización en el contexto de la prevención de la radicalización violenta y la relación entre la radicalización islamista violenta y otras formas de radicalización que tanto preocupan en Europa como los movimientos de extrema izquierda, los extremismos nacionalistas o los movimientos identitarios que se asocian a grupos ultras de extrema derecha. La serie se fundamenta en un trabajo teórico previo elaborado por uno de los autores y publicado en dos artículos (García-Magariño, 2018; 2019a). A su vez, todos estos estudios se enmarcan dentro de la idea según la cual los procesos de radicalización islamista violenta se dan en una matriz de tres capas de factores micro, meso y macrosociales (Jordan, 2009; McCauley; Moskalenko, 2017). El trabajo comienza definiendo, con fines operativos, la radicalización islamista violenta, para sobrevolar, a continuación, las teorías explicativas prevalentes. Tras identificar algunas de las lagunas de dichas explicaciones teóricas se propondrá una hipótesis que se testa después ante los datos procedentes de diferentes fuentes institucionales en España, por un lado, y la información recabada a través de las primeras conversaciones que darán lugar, más adelante, a historias de vida y entrevistas a profundidad procedentes del contacto con personas radicalizadas y desradicalizadas o que han vivido en entornos que se pueden considerar radicalizados y, por otro lado, con personal de las fuerzas y cuerpos de seguridad del Estado. El artículo, además, cuenta con una revisión del marco legal que regula las actividades tipificadas como terrorismo en España y, a pesar de centrarse en el terrorismo yihadista, sobrevuela otras formas de terrorismo que han afectado a España en las últimas décadas del siglo XX y principios del siglo XXI.
This paper is the first of a series of papers which aims to address Islamist violent radicalization from different angles: the nature of violent radicalization in the context of Spain, a comparison between European, North American and Indian violent radicalization, the need to refine territorial radicalization indexes within the context of preventing violent radicalization and the relation between Islamist violent radicalization and other forms of violent radicalization in Europe. This set of articles builds upon the general theoretical framework set by the author on two previous works (García, 2018; 2019). These works are framed under the known conception of three layers of micro, meso and macro factors contributing to violent radicalization processes (McCauley, Moskalenko, 2017). The paper starts by defining Islamist violent radicalization, then it explores different theoretical explanations and finally proposes an explanatory hypothesis that is tested against, on the one hand, data proceeding from different institutional sources in Spain and, on the other, some initial conversations which will become life stories and a in depth interviews to Spanish security officials and people who whether radicalized or lived very close to others that did it. The article also includes a review of the legal framework that regulates the activities classified as terrorism in Spain and, although it focuses on Jihadist terrorism, it covers other forms of terrorism that have affected Spain in the last decades of the twentieth century and the beginning of the twenty-first century.
Este artigo é o primeiro de uma série que analisa a radicalização violenta de diferentes ângulos: a natureza da radicalização islamista violenta em Espanha, um estudo comparativo deste tipo de radicalização entre diferentes países da Europa, Estados Unidos e Índia, a necessidade de refinar os índices territoriais de radicalização no contexto da prevenção da radicalização violenta e a relação entre a radicalização islamista violenta e outras formas de radicalização que são tão preocupantes na Europa, tais como movimentos de extrema-esquerda, extremismos nacionalistas ou movimentos de identidade que estão associados a grupos de ultra-direita de extrema-direita. A série baseia-se num trabalho teórico anterior elaborado por um dos autores e publicado em dois artigos (García-Magariño, 2018; 2019a). Por sua vez, todos estes estudos são enquadrados na noção familiar de que os processos violentos de radicalização islamista ocorrem numa matriz de três camadas de factores micro, meso e macro sociais (Jordan, 2009; McCauley; Moskalenko, 2017). O documento começa por definir, para fins operacionais, a radicalização islamista violenta, e depois sobrevoa as teorias explicativas prevalecentes. Após identificar algumas das lacunas nestas explicações teóricas, propõe-se uma hipótese, que é depois testada contra dados de diferentes fontes institucionais em Espanha, por um lado, e informações recolhidas através de conversas iniciais que mais tarde darão origem a histórias de vida e entrevistas aprofundadas a partir do contacto com pessoas radicalizadas e arrependidas ou que tenham vivido em ambientes que possam ser considerados radicalizados, e, por outro lado, com pessoal das forças de segurança do Estado e dos corpos. O artigo também inclui uma revisão do quadro legal que regula as actividades classificadas como terrorismo em Espanha e, apesar de se concentrar no terrorismo jihadista, analisa outras formas de terrorismo que afetaram a Espanha nas últimas décadas do século XX e no início do século XXI.