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Basado en 30 meses de trabajo de campo colaborativo en un barrio pobre de Buenos Aires, Argentina, este artículo estudia los múltiples usos de la violencia entre sus residentes y las concatenaciones entre formas públicas y privadas de agresión física. Mucha de la violencia reportada aquí recuerda a aquélla que ha sido analizada por estudiosos de la violencia callejera en los Estados Unidos, es decir como el producto de revanchas interpersonales y que queda encapsulada en intercambios binarios. Sin embargo, al desarrollar una red más amplia para incluir otras formas de agresión (no sólo criminal, sino también sexual, doméstica e íntima) que se da dentro y fuera del hogar, y que configura intensamente el devenir de las vidas diarias de los pobres, el material señala que las diversas formas de violencia entre los pobres urbanos (a) funciona más allá de las meras revanchas y (b) se vinculan entre sí en un marco mayor a las relaciones binarias.
Based on 30 months of collaborative fieldwork in a poor neighbourhood in Buenos Aires, Argentina, this paper scrutinises the multiple uses of violence among residents and the concatenations between private and public forms of physical aggression. Much of the violence reported here resembles that which has been dissected by students of street violence in the United States – that is, it is the product of interpersonal retaliation and remains encapsulated in dyadic exchanges. However, by casting a wider net to include other forms of aggression (not only criminal but also sexual, domestic and intimate) that take place inside and outside the home, and that intensely shape the course of poor people's daily lives, the paper argues that diverse forms of violence among the urban poor (a) serve more than just retaliatory purposes, and (b) link with one another beyond dyadic relationships.
Baseado em 30 meses de trabalho de campo colaborativo em um bairro pobre de Buenos Aires, Argentina, este artigo escrutina os múltiplos usos de violência entre moradores e as relações entre formas públicas e privadas de violência física. Grande parte da violência reportada pelo artigo assemelha-se àquela que já foi dissecada por estudantes de violência de rua nos Estados Unidos, ou seja, ela é o produto de retaliação interpessoal e permanece encapsulada em trocas bilaterais. No entanto, aplicando uma abordagem mais ampla e que inclui outras formas de agressão (não apenas criminal, mas também sexual, doméstica e íntima) que ocorrem dentro e fora do lar e moldam intensamente a dinâmica da vida diária de pessoas pobres, este artigo argumenta que as diversas formas de violência entre a população pobre urbana têm (a) propósitos que vão além da simples retaliação e (b) interconexões que vão além de relações dicotômicas.
