In this article, we explore a series of ethical and methodological concerns surrounding feminist methodologies in law by way of the contribuitions of direito em pretuguês, an afrocentered approach to law grounded in the Brazilian experience. Situated in the field of Law and Race Relations, we put in dialogue Lélia Gonzalez's thought with decolonial feminism and critical race theory in order to discuss the repercussions of epistemicide, especially in terms of subject-object relations and the kind of infrastructure-building required for producing knowledge committed to an ethics of life, mutual respect, and the transformation of violence. We seek to contribute to the consolidation of a counter-colonial approach to law that takes on the academic monopoly on legitimate knowledge, the politics of naming and translation, as well as hegemonic models of evaluation, funding, and publishing in ways that effectively challenge the seigneurial paradigm of the Brazilian legal system.
Neste artigo, partimos dos aportes do direito em pretuguês para explorar preocupações ético-metodológicas no intuito de contribuir para o debate sobre metodologias feministas no direito. Situado no campo do Direito e Relações Raciais, articulamos o pensamento de Lélia Gonzalez a partir da influência do Feminismo decolonial e da Teoria Crítica da Raça, para discutir as repercussões do Epistemicídio, da relação Sujeito-Objeto e da Infraestrutura da produção do conhecimento para viabilizar abordagens comprometidas com promoção da vida plena, do respeito mútuo e com o enfrentamento a todas as formas de violência. Busca-se confluir para a constituição de um direito contra-colonial, que tensiona o monopólio acadêmico, as políticas de nomeação e de tradução, bem como os modelos de avaliação, financiamento e editoração que envolvem produções que desafiam o paradigma senhorial do sistema jurídico brasileiro.