Madrid, España
Valencia, España
Este artículo analiza el destape en España y Argentina como un mecanismo de camuflaje visual polifónico, donde erotismo y violencia se entrelazaron en las transiciones democráticas. Lo que queremos demostrar es que, mientras en España permitió un juicio simbólico ante la impunidad franquista, en Argentina fragmentó la violencia política mediante su espectacularización mediática. Lejos de ser solo un fenómeno de liberación, el destape reveló y encubrió discursos ambivalentes sobre la memoria y la represión, oscilando entre la denuncia y la trivialización. En ambos casos, se convirtió en un dispositivo de mediación de la violencia, que la estetizó y resignificó, condicionando las formas en que cada sociedad procesó sus crímenes de Estado y su pasado traumático.
Este artigo examina o destape na Espanha e na Argentina como um mecanismo de camuflagem visual polifônico, onde o erotismo e a violência se entrelaçaram durante as transições democráticas. O que procuramos demonstrar é que, enquanto em Espanha permitiu um acerto de contas simbólico com a impunidade franquista, na Argentina fragmentou a violência política através da espetacularização mediática. Longe de ser apenas um fenômeno de libertação, destape discursos ambivalentes revelados e dissimulados sobre memória e repressão, oscilando entre a denúncia e a banalização. Em ambos os casos, funcionou como um dispositivo de mediação da violência, estetizando-a e reinterpretando-a, moldando a forma como cada sociedade confrontou os seus crimes de Estado e o seu passado traumático.
This article examines destape in Spain and Argentina as a polyphonic visual camouflage mechanism, where eroticism and violence intertwined during democratic transitions. What we seek to demonstrate is that, while in Spain it enabled a symbolic reckoning with Francoist impunity, in Argentina it fragmented political violence through media spectacularization. Far from being merely a liberation phenomenon, destape both revealed and concealed ambivalent discourses on memory and repression, oscillating between denunciation and trivialization. In both cases, it functioned as a device for mediating violence, aestheticizing and reinterpreting it, shaping how each society confronted its State crimes and traumatic past.