International migration has become a constant practice and is widely discussed in human rights conferences around the world. According to the United Nations High Commissioner for Refugees (UNHCR), women and children are more important than displaced people in the world and are vulnerable because they do not have the protections of the government of their country of origin. In this scenario, women and girls, who are seeking protection in other countries, face social indifference, persecution, as well as sexual abuse and disapproval of their situation as a refugee woman. Thus, the present article is to elucidate as main characteristics of the women's refuge movement, demonstrating that refugee women do not deserve their own migratory process. , which has as a generator of gender violence in countries that are, however, not a type of violence, its vulnerability does not dissolve with the crossing of borders, in fact, violence and shows itself in the other forms, this time with an aggravating factor that prevents the search for help: a condition of being a strange individual, inserted in a culture different from his, with a differentlanguage and with a protection that he does not know, a his own refugee condition.
As migrações internacionais tornaram-se uma prática constante e são bastante discutidas nas conferências de direitos humanos pelo mundo. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) as mulheres e crianças correspondem a maior parte das pessoas deslocadas no mundo, na qual encontram-se em situação de vulnerabilidade, pois não tem proteções do governo de seu país de origem. Nesse cenário, as mulheres e meninas, que saem em busca de proteção em outros países, enfrentam a amarga indiferença social, perseguição, assim como abusos sexuais e reprovações por sua conjuntura de mulher refugiada. Sendo assim, o objetivo do presente artigo é elucidar as principais características do movimento de refúgio feminino, demonstrar-se-á que as mulheres refugiadas não são meras figuras secundárias nesse processo de saída de um país para outro, mas protagonistas de um movimento migratório próprio, que tem como fato gerador as violações de gênero dos países em que se encontram, no entanto, no que tange a esse tipo de violência, a sua condição de vulnerabilidade não se desfaz com o ultrapassar de fronteiras, na realidade, a violência a persegue e se mostra em outras formas, desta vez, com um agravante que a impede de buscar a ajuda necessária: a condição de ser um indivíduo estranho, inserido em uma cultura diferente da sua, com uma língua diferente e com uma proteção que desconhece, a sua própria condição de refugiada.