Pedro Henrique Marques De Lucena, Jefferson da Silva Novaes, Adenilson Targino de Araújo Júnior, Eric de Lucena Barbosa, Tiago Siqueira Paiva De Souza, Clizaldo Luiz Maroja Di Pace França, Camila Fernandes Pontes dos Santos, Natalia Herculano Paz, Pedro Augusto Mariz Dantas, Carlos Renato Paz, Humberto Lameira Miranda, Maria do Socorro Cirilo−Sousa
O objetivo foi analisar o efeito crônico do treinamento de caminhada ecológica com restrição de fluxo sanguíneo nos diferentes tipos de força muscular em idosos. Participaram 36 idosos fisicamente ativos (66,7±6,2 anos), randomizados em quatro grupos: G1=caminhada com RFS a 50% (CAM+RFS), G2=caminhada SHAM (0%), G3=caminhada sem RFS (CAM) e G4=controle sem exercício (CON). O protocolo consistiu em 18 sessões de 36 minutos (10’ aquecimento, 21’ caminhada, 5’ volta à calma). Foram mensuradas a força dinâmica (teste de 10RM), isométrica (Dinamometria de MMII) e de resistência (Teste de levantar e sentar) respectivamente. O software utilizado para as análises foi JAMOVI (v2.2.5), com ANOVA para comparações entre grupos e teste t pareado para comparações intragrupos. Adotou−se o nível de significância p≤0,05, com cálculo de tamanho de efeito (η²), d de Cohen e variação percentual (Δ%). A análise intergrupos não apresentou diferença significativa (p= 0.694; F= 0.486). Nas análises intragrupo pré vs pós, o grupo CAM+RFS apresentou as melhorias na força dinâmica (10RM: p=0,026; Δ%=17,7; d=0,69), força isométrica (dinamometria: p= 0,041; Δ%= 30,7; d= 0,41), resistência de membros inferiores (levantar e sentar: p=0,003; Δ%=18,6; d=0,72). Conclui-se que a caminhada ecológica associada a técnica RFS é uma estratégia eficaz e viável para otimizar os diferentes tipos de força muscular em idosos, mesmo utilizando baixas cargas. Ainda, se apresenta como alternativa ao treinamento de altas cargas demonstrando menor risco articular e elevado potencial de adesão por parte da população idosa.