O objetivo foi analisar o efeito crônico do treinamento de caminhada ecológica com restrição de fluxo sanguíneo nos diferentes tipos de força muscular em idosos. Participaram 36 idosos fisicamente ativos (66,7±6,2 anos), randomizados em quatro grupos: G1=caminhada com RFS a 50% (CAM+RFS), G2=caminhada SHAM (0%), G3=caminhada sem RFS (CAM) e G4=controle sem exercício (CON). O protocolo consistiu em 18 sessões de 36 minutos (10’ aquecimento, 21’ caminhada, 5’ volta à calma). Foram mensuradas a força dinâmica (teste de 10RM), isométrica (Dinamometria de MMII) e de resistência (Teste de levantar e sentar) respectivamente. O software utilizado para as análises foi JAMOVI (v2.2.5), com ANOVA para comparações entre grupos e teste t pareado para comparações intragrupos. Adotou−se o nível de significância p≤0,05, com cálculo de tamanho de efeito (η²), d de Cohen e variação percentual (Δ%). A análise intergrupos não apresentou diferença significativa (p= 0.694; F= 0.486). Nas análises intragrupo pré vs pós, o grupo CAM+RFS apresentou as melhorias na força dinâmica (10RM: p=0,026; Δ%=17,7; d=0,69), força isométrica (dinamometria: p= 0,041; Δ%= 30,7; d= 0,41), resistência de membros inferiores (levantar e sentar: p=0,003; Δ%=18,6; d=0,72). Conclui-se que a caminhada ecológica associada a técnica RFS é uma estratégia eficaz e viável para otimizar os diferentes tipos de força muscular em idosos, mesmo utilizando baixas cargas. Ainda, se apresenta como alternativa ao treinamento de altas cargas demonstrando menor risco articular e elevado potencial de adesão por parte da população idosa.