Elisabete Soares de Santana, Maiane Silva Barbosa de Moraes, Dário César de Oliveira Conceição, Myllena Rodrigues de Oliveira, Marianne Evany do Nascimento Brito, Vinícius César Jardim Pereira, Daniel Alves Nunes de Pinho Freitas, Átala Dandara Gomes de Barros Silva, Filipe Monteiro Beltrão
O uso de nanopartículas como sistemas de liberação controlada para o benznidazol tem demonstrado ser uma abordagem promissora para otimizar o tratamento da Doença de Chagas. A modulação da liberação do fármaco por meio de nanopartículas lipídicas e poliméricas oferece uma solução eficaz para melhorar a biodisponibilidade do benznidazol e reduzir os efeitos adversos frequentemente observados em tratamentos convencionais. A liberação mais controlada do fármaco, aliada à redução da toxicidade hepática e a outros efeitos colaterais, torna as nanopartículas uma alternativa terapêutica viável para os pacientes com infecções crônicas, como a Doença de Chagas. Além disso, o direcionamento específico das nanopartículas para as células infectadas pelo Trypanosoma cruzi tem o potencial de aumentar a eficácia tripanocida do benznidazol. Estratégias de "targeting", por meio da funcionalização das nanopartículas com ligantes específicos, como anticorpos monoclonais, demonstraram grande sucesso em aumentar a seletividade do tratamento e minimizar os efeitos adversos sistêmicos. Isso representa um avanço significativo na busca por terapias mais seguras e eficazes, especialmente em doenças endêmicas que exigem tratamentos prolongados e que podem resultar em toxicidade devido à administração de medicamentos convencionais. Apesar dos resultados promissores, a aplicação clínica de nanopartículas para o tratamento da Doença de Chagas ainda enfrenta desafios técnicos, como a escalabilidade da produção, a estabilidade das nanopartículas e a necessidade de garantir a segurança dessas terapias. No entanto, os avanços na nanotecnologia oferecem novas perspectivas para o desenvolvimento de tratamentos mais eficientes e menos tóxicos, proporcionando um avanço significativo no manejo da Doença de Chagas e, possivelmente, de outras doenças infecciosas parasitárias. Mais pesquisas e testes clínicos são necessários para superar esses obstáculos e tornar as nanopartículas uma solução amplamente acessível e eficaz no tratamento de infecções crônicas.