Helyne Danielly Soares Santos, Natalia Milena Bomfim dos Santos, Guilherme Santos Reis, Romário Vinícius de Souza Santos, Luiz André Santos Silva, Marília Trindade de Santana Souza, Elisama de Campos Guimarães, Grace Kelly Melo de Almeida
As disfunções sexuais femininas são definidas como qualquer irregularidade relacionada ao desejo sexual, orgasmo, excitabilidade ou dor sexual. Estudos mostram que cerca de 49% das mulheres brasileiras são acometidas por algum tipo de disfunção sexual, o que prejudica as relações com seus parceiros e qualidade de vida. Dentre as disfunções sexuais tem-se a dispareunia (DP), caracterizada por algia genital associada a penetração, o vaginismo, ocasionada pela contração involuntária da musculatura interna da vagina, a vulvodinia, dor crônica relacionada a hipersensibilidade da região vulvar, e a vestibulodínia (VBD), versão mais comum da vulvodinia, quando há hipersensibilidade no vestíbulo vulvar. A conduta fisioterapêutica correta e baseada em evidências pode ser uma alternativa facilitadora do processo, diminuindo os danos causados nesse período. Objetivou-se avaliar as evidências científicas sobre a atuação da fisioterapia pélvica nas disfunções sexuais femininas, sendo consideradas publicações entre os anos de 2014 e 2024, nos idiomas português e inglês. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases MedLine, LILACS, PubMed e SciELO. Observou-se que a fisioterapia no tratamento das disfunções sexuais femininas melhora a dor gênito-pélvica, função sexual, força e consciência da musculatura do assoalho pélvico (MAP) através do uso da cinesioterapia, eletroterapia, biofeedback (BF) e terapias manuais. A terapia por ondas de choque extracorpóreas também mostrou bons resultados no tratamento da DP, porém mais estudos a respeito desse método ainda precisam ser realizados. Por fim, esse estudo contribui para o embasamento da prática clínica dos fisioterapeutas envolvidos com disfunções sexuais femininas (DSFs), assim como o direcionamento de pesquisas clínicas futuras.