As disfunções sexuais femininas são definidas como qualquer irregularidade relacionada ao desejo sexual, orgasmo, excitabilidade ou dor sexual. Estudos mostram que cerca de 49% das mulheres brasileiras são acometidas por algum tipo de disfunção sexual, o que prejudica as relações com seus parceiros e qualidade de vida. Dentre as disfunções sexuais tem-se a dispareunia (DP), caracterizada por algia genital associada a penetração, o vaginismo, ocasionada pela contração involuntária da musculatura interna da vagina, a vulvodinia, dor crônica relacionada a hipersensibilidade da região vulvar, e a vestibulodínia (VBD), versão mais comum da vulvodinia, quando há hipersensibilidade no vestíbulo vulvar. A conduta fisioterapêutica correta e baseada em evidências pode ser uma alternativa facilitadora do processo, diminuindo os danos causados nesse período. Objetivou-se avaliar as evidências científicas sobre a atuação da fisioterapia pélvica nas disfunções sexuais femininas, sendo consideradas publicações entre os anos de 2014 e 2024, nos idiomas português e inglês. O levantamento bibliográfico foi realizado nas bases MedLine, LILACS, PubMed e SciELO. Observou-se que a fisioterapia no tratamento das disfunções sexuais femininas melhora a dor gênito-pélvica, função sexual, força e consciência da musculatura do assoalho pélvico (MAP) através do uso da cinesioterapia, eletroterapia, biofeedback (BF) e terapias manuais. A terapia por ondas de choque extracorpóreas também mostrou bons resultados no tratamento da DP, porém mais estudos a respeito desse método ainda precisam ser realizados. Por fim, esse estudo contribui para o embasamento da prática clínica dos fisioterapeutas envolvidos com disfunções sexuais femininas (DSFs), assim como o direcionamento de pesquisas clínicas futuras.