José Henrique Arruda Nascimento, Carlos Henrique Dantas Cavalcanti de Almeida, Raul Antônio de Lemos Bernardo, Humberto Mateus Nhabomba, Isabela Nascimento dos Santos, Fabíola Viana de Melo, Flávio Renato Barros da Guarda, Vilde Gomes de Menezes
A pesquisa investigou os limites e as possibilidades das contribuições da Educação Física escolar para a promoção da saúde, com base nas políticas educacionais e de saúde brasileiras. Fundamentado na definição de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), o estudo destacou a relevância da integração entre educação e saúde, considerando o aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e os hábitos de vida contemporâneos como um problema crescente. O estudo foi orientado por uma abordagem documental e qualitativa, analisando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o Programa Saúde na Escola (PSE) e a Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde. A metodologia incluiu coleta de dados em plataformas governamentais e acadêmicas, seguida de análise de conteúdo para identificar tendências e lacunas. Os resultados apontaram que a BNCC apresenta fragilidades na abordagem da saúde no contexto da Educação Física, com competências que tratam o tema de forma superficial. Em contraste, os PCNs oferecem uma visão mais abrangente, reconhecendo a Educação Física como meio de promover hábitos saudáveis desde cedo. Apesar disso, a implementação de políticas eficazes ainda enfrenta desafios estruturais e conceituais. Concluiu-se que a Educação Física escolar possui um papel promissor na promoção da saúde, mas requer maior integração com políticas públicas e formação docente específica. A pesquisa reafirma a necessidade de ampliar estudos e ações que fortaleçam a interface entre educação e saúde, contribuindo para a redução de DCNTs e o bem-estar coletivo.