A pesquisa investigou os limites e as possibilidades das contribuições da Educação Física escolar para a promoção da saúde, com base nas políticas educacionais e de saúde brasileiras. Fundamentado na definição de saúde da Organização Mundial de Saúde (OMS), o estudo destacou a relevância da integração entre educação e saúde, considerando o aumento de doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs) e os hábitos de vida contemporâneos como um problema crescente. O estudo foi orientado por uma abordagem documental e qualitativa, analisando a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o Programa Saúde na Escola (PSE) e a Lei Orgânica do Sistema Único de Saúde. A metodologia incluiu coleta de dados em plataformas governamentais e acadêmicas, seguida de análise de conteúdo para identificar tendências e lacunas. Os resultados apontaram que a BNCC apresenta fragilidades na abordagem da saúde no contexto da Educação Física, com competências que tratam o tema de forma superficial. Em contraste, os PCNs oferecem uma visão mais abrangente, reconhecendo a Educação Física como meio de promover hábitos saudáveis desde cedo. Apesar disso, a implementação de políticas eficazes ainda enfrenta desafios estruturais e conceituais. Concluiu-se que a Educação Física escolar possui um papel promissor na promoção da saúde, mas requer maior integração com políticas públicas e formação docente específica. A pesquisa reafirma a necessidade de ampliar estudos e ações que fortaleçam a interface entre educação e saúde, contribuindo para a redução de DCNTs e o bem-estar coletivo.