Argentina
El servicio de reparto a domicilio a través de las apps representa, sobre todo para jóvenes que no hallan otros trabajos una oportunidad para generar ingresos y para otras personas que ya tienen empleo, un modo de complementarlos. En este campo predominan relaciones laborales precarias, las empresas desconocen la relación laboral con las y los trabajadores y promueven dinámicas para optimizar el servicio que ponen en riesgo la salud y la vida de los mismos.
Distintos estudios señalan que esta ocupación favorece la inserción laboral de trabajadores. Las barreras de género condicionan la participación de las personas en el trabajo y la oferta laboral de este servicio se inscribe en relaciones de género y en procesos de segregación laboral muy persistentes. Tener una moto, haber aprendido a conducirla, moverse en el tránsito urbano, ocuparse de su mecánica, son habilidades consideradas masculinas. En este trabajo nos concentramos en la trayectoria laboral de una mujer de 37 años, madre de un hijo y única proveedora al hogar monoparental, profesional universitaria, trabajadora asalariada formal y repartidora de PedidosYa, ocupación que le permite complementar ingresos. Indagamos sobre las motivaciones de ingreso a la actividad; los recursos que utiliza y fundamentalmente se analiza cómo incorporó habilidades “de varones” que le permiten desempeñarse en la actividad y dar cuenta con ello de una transgresión de las barreras de género.
The home delivery service through apps represents, especially for young people who do not find other jobs, an opportunity to generate income and for other people who already have jobs, a way to complement them. In this field, precarious labour relations predominate, companies are unaware of the labour relationship with workers and promote dynamics to optimize the service that put their health and lives at risk. Different studies indicate that this occupation favours the labour insertion of workers. Gender barriers condition people's participation in the work and the labour supply of this service is inscribed in very persistent gender relations and labour segregation processes. Owning a motorcycle, having learned to ride it, moving in urban traffic, and taking care of its mechanics are skills considered masculine. In this paper we focus on the labour trajectory of a 37-year-old woman, mother of one child and sole provider for the singleparent household, a university professional, a formal salaried worker and a delivery person for PedidosYa, an occupation that allows her to supplement her income. We inquired about the motivations for entering the activity; the resources she uses and, fundamentally, we analyzed how she incorporated “male” skills that allow her to perform in the activity and thus account for a transgression of gender barriers.
O serviço de entrega ao domicílio através de aplicações representa, sobretudo para os jovens que não conseguem encontrar outros empregos, uma oportunidade de gerar rendimentos, e para outros que já têm emprego, uma forma de o complementar. Neste campo, predominam relações laborais precárias, as empresas desconhecem o vínculo laboral com os trabalhadores e promovem dinâmicas de otimização do serviço que colocam em risco a sua saúde e vida.
Diferentes estudos indicam que esta ocupação favorece a inserção dos trabalhadores no mercado de trabalho. As barreiras de género condicionam a participação das pessoas no trabalho e a oferta de trabalho deste serviço inscreve-se nas relações de género e em processos muito persistentes de segregação laboral. Ter uma mota, aprender a conduzi-la, movimentar-se no trânsito urbano, cuidar da sua mecânica, são competências consideradas masculinas. Neste estudo, centramo-nos na trajetória laboral de uma mulher de 37 anos, mãe de um filho e única provedora de um agregado familiar monoparental, licenciada, trabalhadora assalariada formal e entregadora da PedidosYa, uma ocupação que lhe permite complementar o seu rendimento.
Inquirimos sobre as motivações para o ingresso na atividade; os recursos que utiliza e, fundamentalmente, analisámos a forma como incorporou competências “masculinas” que lhe permitem desempenhar a atividade e, assim, demonstrar uma transgressão das barreiras de género.