Igor Rodrigues da Silva, Douglas Galvão de Oliveira, Alexia Miranda Morais, Davi Gomes Brasil da Silva, Fabiana Marques Ferreira Alves, Gilliard do Nascimento, Matheus de Medeiros Fernandes, Rodrigo Freire Oliveira
Introdução: A epigenética tem se mostrado essencial para a compreensão dos transtornos de ansiedade, revelando como fatores ambientais e experiências de vida influenciam a expressão gênica. Este estudo investigou a relação entre as modificações epigenéticas, como a metilação do DNA e a modificação das histonas, e o desenvolvimento da ansiedade. Metodologia: Esta revisão integrativa seguiu as diretrizes PRISMA, incluindo artigos de bases como PubMed, BVS e Cochrane Library, publicados entre 2019 e 2024. Foram selecionados 19 estudos que abordaram as alterações epigenéticas ligadas à ansiedade, com foco no impacto de fatores como estresse e traumas precoces. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que modificações nos genes NR3C1 e FKBP5, envolvidos na regulação do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA), estão associadas ao aumento da vulnerabilidade a transtornos de ansiedade. Além disso, fatores transgeracionais, como a ansiedade materna durante a gestação, induzem mudanças epigenéticas duradouras na prole. Intervenções comportamentais, como mindfulness, mostraram-se promissoras na reversão dessas alterações. Conclusão: A epigenética oferece novas perspectivas terapêuticas para o tratamento personalizado de transtornos de ansiedade, sendo necessária a realização de mais estudos longitudinais para validar essas intervenções e consolidar o entendimento dessas interações ao longo da vida.