Introdução: A epigenética tem se mostrado essencial para a compreensão dos transtornos de ansiedade, revelando como fatores ambientais e experiências de vida influenciam a expressão gênica. Este estudo investigou a relação entre as modificações epigenéticas, como a metilação do DNA e a modificação das histonas, e o desenvolvimento da ansiedade. Metodologia: Esta revisão integrativa seguiu as diretrizes PRISMA, incluindo artigos de bases como PubMed, BVS e Cochrane Library, publicados entre 2019 e 2024. Foram selecionados 19 estudos que abordaram as alterações epigenéticas ligadas à ansiedade, com foco no impacto de fatores como estresse e traumas precoces. Resultados e Discussão: Os resultados indicam que modificações nos genes NR3C1 e FKBP5, envolvidos na regulação do eixo Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA), estão associadas ao aumento da vulnerabilidade a transtornos de ansiedade. Além disso, fatores transgeracionais, como a ansiedade materna durante a gestação, induzem mudanças epigenéticas duradouras na prole. Intervenções comportamentais, como mindfulness, mostraram-se promissoras na reversão dessas alterações. Conclusão: A epigenética oferece novas perspectivas terapêuticas para o tratamento personalizado de transtornos de ansiedade, sendo necessária a realização de mais estudos longitudinais para validar essas intervenções e consolidar o entendimento dessas interações ao longo da vida.