Mariany Helen Rosa Fernandes, Ana Beatriz Freire Nogueira Lopes, Bruno Fernandes Barbosa, Camila Lais Neres da Silva Leles, Clarisse Cicera Marinho Oliveira, João Pedro Orsano Bastos, Hélio Mateus Silva Nascimento
Introdução: A meningite, considerada endêmica no Brasil, é uma patologia que está frequentemente associada a vírus e bactérias. Por isso, é importante analisar os dados epidemiológicos e clínicos da meningite no Nordeste brasileiro nos anos de 2019 a 2023. Metodologia: Estudo epidemiológico, transversal, observacional e analítico sobre a prevalência de meningite no Nordeste brasileiro, de 2019 a 2023, utilizando dados secundários do Sistema de Agravo de Notificação (SINAN), fornecidos pelo DATASUS do Ministério da Saúde. Resultados: No Nordeste, o número de casos foi de 9429, tendo aumento de 2021 para 2023. Quanto ao perfil epidemiológico, houve uma predominância do sexo masculino (n=5712), de menores de 19 anos (n=4483), da raça parda (n=73,3%) e no estado de Pernambuco (n=3191). Sobre o perfil clínico, as etiologias mais prevalentes foram a bacteriana, a não especificada e a viral (n=75,6%), além disso, a prevalência de óbito foi maior no grupo de menores de 19 anos (n=408; 35,9%). Conclusão: O Nordeste é a terceira região com maior prevalência de meningite, mas apresenta uma elevação na taxa de mortalidade em relação ao Brasil, sendo 2,32% maior, logo, vê-se a necessidade de maior investimento nesta região.