Introdução: A meningite, considerada endêmica no Brasil, é uma patologia que está frequentemente associada a vírus e bactérias. Por isso, é importante analisar os dados epidemiológicos e clínicos da meningite no Nordeste brasileiro nos anos de 2019 a 2023. Metodologia: Estudo epidemiológico, transversal, observacional e analítico sobre a prevalência de meningite no Nordeste brasileiro, de 2019 a 2023, utilizando dados secundários do Sistema de Agravo de Notificação (SINAN), fornecidos pelo DATASUS do Ministério da Saúde. Resultados: No Nordeste, o número de casos foi de 9429, tendo aumento de 2021 para 2023. Quanto ao perfil epidemiológico, houve uma predominância do sexo masculino (n=5712), de menores de 19 anos (n=4483), da raça parda (n=73,3%) e no estado de Pernambuco (n=3191). Sobre o perfil clínico, as etiologias mais prevalentes foram a bacteriana, a não especificada e a viral (n=75,6%), além disso, a prevalência de óbito foi maior no grupo de menores de 19 anos (n=408; 35,9%). Conclusão: O Nordeste é a terceira região com maior prevalência de meningite, mas apresenta uma elevação na taxa de mortalidade em relação ao Brasil, sendo 2,32% maior, logo, vê-se a necessidade de maior investimento nesta região.