La función defensa en Chile se ha caracterizado por mantener un elevado prestigio y alta aprobación ciudadana de forma transversal y permanente. Sin embargo, las Fuerzas Armadas (FF. AA.), al ser requeridas en tareas de orden público, ha significado ser la génesis de controversias, por cuanto, se aprecia una contraposición de miradas por la forma de utilizar sus capacidades para tales cometidos. Este artículo plantea que las FF. AA. chilenas, independientemente de cumplir sus tareas eficientemente, se distancian de su función principal al ser empleadas en tareas de orden interno. En paralelo a esta realidad se observa un fenómeno contradictorio; por una parte, el aprecio de la ciudadana y, al mismo tiempo, el de cierta desafección de una parte de la población hacia estas instituciones armadas. Para sustentar esta hipótesis se identifican controversias sobre rol, trayectoria, confianza en las instituciones e imbricación con las relaciones internacionales. Al estudiar el Decreto Supremo N.° 265 de 2019 con referencia al apoyo militar a las policías, emerge necesariamente una comparación con la teoría de securitización y la siguiente conclusión: de mantenerse el rol de las FF. AA. en la seguridad interior, permanecerán visiones en controversia, por el riesgo en la forma de utilizar las capacidades institucionales, que aunque contribuyen de forma significativa, no solucionan el problema de fondo.
The defense function in Chile has traditionally enjoyed high prestige and widespread citizen approval. However, the involvement of the Armed Forces in public order tasks has sparked controversies, as there is a divergence of opinions regarding the manner in which their capabilities are utilized for such purposes. This article posits that Chilean Armed Forces deviate from their primary function when engaged in internal tasks. Concurrently, a paradoxical phenomenon emerges: a growing discontent with these armed institutions. To support this assertion, the article identifies controversies surrounding the roles, historical trajectory, trust in institutions, and intersections with International Relations. By examining Supreme Decree No. 265, which addresses military support for the police, a comparison with the theory of securitization becomes evident. The conclusion drawn is that if the Armed Forces’ involvement in internal security persists, controversies will persist due to the perceived risks in the utilization of institutional capacities. While contributing to addressing certain challenges, this approach does not fundamentally resolve the underlying problem.
A função de defesa no Chile tem sido caracterizada por manter um elevado prestígio e alta aprovação da população de forma transversal e permanente. No entanto, as Forças Armadas (FF. AA.), ao serem solicitadas em tarefas de ordem pública, têm sido objeto de controvérsias, visto que há uma oposição de pontos de vista sobre a forma de utilizar suas capacidades para tais fins. Este artigo argumenta que as FF. AA. chilenas, apesar de cumprirem suas tarefas de forma eficiente, se afastam de sua função principal ao serem empregadas em tarefas de ordem interna. Paralelamente a essa realidade, observa-se um fenômeno contraditório; por um lado, a apreciação da população e, ao mesmo tempo, certa desafeição de uma parte da população em relação a essas instituições armadas. Para sustentar esta hipótese, identificam-se controvérsias sobre papel, trajetória, confiança nas instituições e integração com as relações internacionais. Ao estudar o Decreto Supremo Nº 265 de 2019, referente ao apoio militar às polícias, surge necessariamente uma comparação com a teoria da securitização e a seguinte conclusão: ao manter o papel das FF. AA. na segurança interna, persistirão visões em controvérsia, devido ao risco na forma de utilizar as capacidades institucionais, que, embora contribuam significativamente, não resolvem o problema subjacente.