Santiago, Chile
La presente aproximación arranca desde los diagnósticos y denuncias sobre la propensión a la superexplotación en Chile bajo el llamado “capitalismo académico”. Aquí se busca contribuir a responder por qué, pese al malestar enunciado en diversos entornos universitarios, no se ha extendido significativamente la organización de la fuerza de trabajo académica en el país. El estudio triangula datos producidos por el Servicio de Información de Educación Superior (SIES), documentos orgánicos oficiales de distintas agrupaciones y contenidos mediáticos puestos en circulación por estas últimas. Los resultados, en atención a las discusiones sobre profesión, estratificación, precarización y organización académica en el mundo, permiten problematizar algunas tendencias críticas para dicha población. Al respecto se plantean ciertas líneas para futuros estudios y problematizaciones para la intervención político-orgánica en dichos espacios.
This research stems from the diagnoses and complaints concerning the tendency to super-exploitation in Chile under the so-called academic capitalism. The purpose of it is to contribute to answering why, despite the uneasiness expressed in different university settings, the organization of the academic workforce in the country has not been significantly extended. The study triangulates data produced by the Higher Education Information Service (SIES), official organic documents of different associations, and media content circulated by the latter. Given the discussions on profession, stratification, precariousness, and academic organization globally, the results allow us to problematize critical trends for academics. In this regard, some guidelines for future studies and problematizations for the political-organic intervention in these spaces are proposed.
A presente abordagem surge a partir dos diagnósticos e denúncias sobre a propensão à superexploração da força acadêmica, sob o chamado capitalismo acadêmico no Chile. Aqui busca-se contribuir para responder por que, apesar do mal-estar enunciado em diversos ambientes universitários, não se tem estendido significativamente a organização da força de trabalho acadêmica no país. Para esse fim, primeiro se descrevem as características gerais da força de trabalho acadêmica, utilizando dados produzidos pelo Serviço de Informação de Educação Superior (SIES). Em seguida, utilizando fontes secundárias, identificam-se diversas organizações acadêmicas dos últimos dez anos, agrupadas em três grupos: i) redes e associações; ii) movimentos de caráter cidadão; e iii) sindicatos. Através de uma análise de conteúdo, distinguem-se as principais discussões dessas organizações, explorando pontos de encontro e divergência. Os resultados demonstram convergências - embora com nuances - em relação ao autorreconhecimento orgânico da luta pela defesa do trabalho científico e acadêmico. Por outro lado, as diferenças residem no ênfase sobre como abordar a defesa da melhoria das condições do trabalho acadêmico. Por fim, propõem-se certas linhas para futuros estudos e problematizações para a intervenção político-orgânica nesses espaços.