Sergio Bedoya Cortés
La firma del Acuerdo Final de Paz entre el Estado Colombiano y las Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia (FARC-EP), planteó la posibilidad de analizar desde distintos ámbitos el recorrer histórico, político y epistemológico de lo que fue la guerrilla más longeva del hemisferio occidental. Frente a esta posibilidad, la educación entendida como un campo en disputa se ve amenazada por las lógicas hegemónicas que buscaron colonizar la identidad o el Lebenswelt fariano. En este sentido, un análisis crítico de la educación fariana, antes y después del acuerdo, otorga elementos para comprender desigualdades y modos de control y dominación a través del conocimiento legalmente validado, pero, a su vez, posibilita analizar las formas de resistencia y cooptación de los impulsos emancipatorios no sólo en el plano político, sino que también en la educación. Así, este artículo busca describir cómo ha cambiado el Mundo de la Vida de las y los exguerrilleros farianos a través del proceso educativo y cómo, en el marco del proceso de entrega de armas, se han convertido las prácticas de resistencia pedagógicas como un campo en disputa con el Mundo sistémico del Estado colombiano que repercuten en el ejercicio organizativo-educativo del partido político producto del Acuerdo de Paz.
The signing of the Final Peace Agreement between the Colombian State and the Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC-EP) offered the possibility of analyzing from different spheres the historical, political, and epistemological journey of what It was the longest-running guerrilla in the Western Hemisphere. Faced with this possibility, education understood as a disputed field is threatened by the hegemonic logics that sought to colonize the FARC identity or Lebenswelt. In this sense, a critical analysis of FARC’s education before and after the agreement provides elements to understand inequalities and modes of control and domination through legally validated knowledge, but, in turn, makes it possible to analyse the forms of resistance and co-optation of the emancipatory impulses not only at the political level but also in education. Thus, this article seeks to describe how the Lifeworld of the former-FARC guerrillas has changed through the educational process and how, within the framework of this disarmament process, the practices of pedagogical resistance have become a field in dispute with the systemic World of the Colombian State.
A assinatura do Acordo Final de Paz entre o Estado colombiano e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP), ofereceu a possibilidade de analisar desde diferentes esferas a jornada histórica, política e epistemológica do que foi o mais longo -correndo guerrilha no Hemisfério Ocidental. Diante dessa possibilidade, a educação entendida como campo em disputa é ameaçada pelas lógicas hegemônicas que buscavam colonizar a identidade fariana ou Lebenswelt. Nesse sentido, uma análise crítica da educação fariana antes e depois do acordo fornece elementos para compreender as desigualdades e modos de controle e dominação por meio de saberes legalmente validados, mas, por sua vez, possibilita analisar as formas de resistência e cooptação de os impulsos emancipatórios não só no plano político, mas também na educação. Assim, este artigo busca descrever como o Mundo da Vida dos ex-guerrilheiros farienses se modificou ao longo do processo educacional e como, no marco desse processo de deposição de armas, as práticas de resistência pedagógica tornaram-se um campo em disputa com o mundo sistêmico do Estado colombiano.