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Juan Bautista Ballestrin
En el artículo se analiza un proceso de alienación derivado de la actividad en plataformas de reparto. A partir de una investigación cualitativa desarrollada junto a repartidores de Rappi y Pedidos Ya en la Ciudad de Buenos Aires, la misma observa el cruce entre trabajo y subjetividad, puntualizando sufrimientos que indican una imposibilidad de conducción autónoma de la propia voluntad. Aquí se demuestra que les trabajadores padecen las afecciones de la culpa y el aburrimiento cuando no trabajan, y se entiende su aparición por la relevancia que posee el dinero en este empleo. En un entramado sutil con cierta experiencia de libertad temporal, el pago por pieza cristaliza poderes coercitivos que derivan en padecimientos en los momentos de no trabajo, los cuales son elocuentes de aquella carencia de autonomía resultante del esquema de trabajo de las plataformas de reparto. Esta crítica sociológica a empresas clave del capitalismo de plataformas procura fundamentar un abordaje que demuestre cómo aquellas no otorgan libertad a les trabajadores, sin negar sus experiencias efectivas de libertad, sino aceptándolas y rastreándolas en los efectos personales adversos que demuestran inmanentemente su negación.
O artigo analisa um processo de alienação derivado da atividade em plataformas de entrega. Com base em pesquisa qualitativa realizada com motoristas de entrega da Rappi e da Pedidos Ya na cidade de Buenos Aires, considera-se a interseção entre trabalho e subjetividade, destacando sofrimentos que indicam uma impossibilidade de conduzir autonomamente a própria vontade.
Aqui é mostrado que os trabalhadores sofrem de culpa e tédio quando não estão trabalhando, e a sua ocorrência é entendida pela relevância do dinheiro neste emprego. Num sutil entrelaçamento com uma certa experiência de liberdade de tempo, o pagamento por peça cristaliza poderes coercivos que resultam em sofrimento nos momentos de não-trabalho, os quais evidenciam afalta de autonomia resultante do esquema de trabalho das plataformas de entrega. Esta crítica sociológica de empresas-chave do capitalismo de plataformas procura fornecer uma base para uma abordagem que demonstre como elas não concedem liberdade aos trabalhadores, sem negar as suas experiências reais de liberdade, mas antes aceitando-as e remetendo-as para os efeitos pessoais adversos que demonstram imanentemente a sua negação
The article analyses a process of alienation derived from working for delivery platforms. Based on qualitative research carried out with Rappi and Pedidos Ya delivery drivers in the city of Buenos Aires, it is an observation of the intersection between work and subjectivity, highlighting the sufferings that indicate the impossibility of autonomously conducting one's own will. Here it is shown that workers suffer from guilt and boredom when they are not working, which is understandable considering the importance of money within this occupation. In a rather subtle interweaving with some experience of time freedom, the piece rate payment crystallizes coercive powers that result in suffering during non-working hours, revealing the lack of autonomy created by the work scheme of delivery platforms. This sociological critique of companies that are key to platform capitalism seeks to substantiate an approach that demonstrates how they do not grant freedom to workers, not by denying their actual experiences of freedom, but by accepting them and tracing them back to the adverse personal effects that immanently show that they are denied.
