Estados Unidos
Utilizando el ejemplo de Bolivia en el siglo XIX, este artículo argumenta que las motivaciones económicas necesitan ser tomadas en cuenta para entender el papel de los campesinos en la construcción de los Estados-nación en América Latina, especialmente en los Andes. Basado en archivos locales, considera el caso de la región del altiplano de Oruro-Poopó. Desde esta perspectiva, durante el medio siglo que siguió a la independencia, las comunidades andinas se encontraban en su mayoría a favor de un régimen de libre comercio. Éstas estaban integradas dentro del Estado-nación pero en una posición subordinada. Para los años 1850 había tal prosperidad en las actividades comerciales que los miembros de las comunidades se negaron a participar como autoridades en sus comunidades dado el tiempo que les quitaba. Sin embargo, el asalto a las tierras comunales que empezó en los 1860s empobreció a los indios y los marginó como campesinos, volviéndolos una amenaza al nuevo y racista Estado-nación.
Using the example of nineteenth-century Bolivia, this article argues that economic motivations need to be taken into account in understanding the role of peasants in constructing Latin American nation-states, especially in the Andes. Based on local archives, it considers the case of the altiplano region of Oruro-Poopó. From this perspective, during the half-century that followed independence, Andean communities were mostly in favour of a free-trade regime. They were integrated into the nation-state, but in a subordinate position. By the 1850s there was such prosperity in trading activities that community members refused to participate as authorities in their communities due to the time it would consume. However, the assault on community lands that began in the 1860s impoverished the Indians and marginalised them as peasants, turning them into a threat to the new, racist nation-state.
Utilizando o exemplo da Bolívia do século dezenove, o artigo argumenta que é preciso levar em consideração as motivações econômicas para compreendermos o papel dos camponeses na construção de estados-nações latino-americanos, particularmente ao se tratar dos Andes. Baseado em arquivos locais ele considera o caso da região do altiplano de Oruro-Poopó. Desta perspectiva, ao longo do meio século que seguiu à independência, comunidades andinas em sua maioria apoiavam um regime de livre comércio. Eram integrados ao estado-nação, embora ocupassem posição subordinada. Pela década de 1850 a prosperidade era tal que membros comunitários se recusavam a exercer o papel de autoridade em suas comunidades devido ao tempo que esta atividade consumiria. Entretanto o ataque às terras comunitárias iniciado nos anos 1860 empobreceu os índios e os marginalizou como camponeses, transformando-os em ameaça ao novo e racista estado-nação.