Luisa Farah Schwartzman
Este artículo investiga cómo los estudiantes de la Universidad Estatal de Río de Janeiro (UERJ), una de las primeras universidades brasileñas en adoptar cuotas para la admisión basadas en raza, interpretan las categorías raciales utilizadas como criterios de elegibilidad. El considerar que las perspectivas de los estudiantes es importante para entender cómo funcionan las políticas de acción afirmativa se debe a que las cuotas de la UERJ requieren que los solicitantes se clasifiquen a sí mismos. Las interpretaciones de los estudiantes de tales categorías con frecuencia divergen de las interpretaciones de las personas que configuran dichas políticas. Las perspectivas de los estudiantes se forman por las experiencias cotidianas de categorización y de su propia autoevaluación como beneficiarios legítimos de las cuotas. En contraste, las políticas fueron diseñadas de acuerdo a un nuevo proyecto racial, donde el incremento de una conciencia negra y las estadísticas han jugado un papel importante.
Este artigo investiga como alunos da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), umas das primeiras universidades brasileiras a adotar o sistema de cotas raciais, interpretam categorias raciais utilizadas como critérios para acesso à vagas. Considerar as perspectivas dos estudantes é importante para que o funcionamento das políticas de ações afirmativas seja compreendido, já que o direito às as cotas da UERJ depende da autoidentificação dos candidatos. As interpretações dos estudantes pertencentes às categorias consideradas pelos programas de cotas frequentemente divergem das interpretações daqueles que formularam a política. As perspectivas dos alunos são influenciadas por experiências cotidianas e pela sua autoavaliação como legítimos beneficiários das cotas. Por outro lado, as políticas foram pensadas de acordo com um novo projeto racial no qual um papel importante foi desempenhado pelo estímulo à consciência negra e pelas estatísticas.
This paper investigates how students at the State University of Rio de Janeiro (UERJ), one of the first Brazilian universities to adopt race-based quotas for admissions, interpret racial categories used as eligibility criteria. Considering the perspectives of students is important to understand the workings of affirmative action policies because UERJ's quotas require applicants to classify themselves. Students' interpretations of those categories often diverge from the interpretations intended by people who shaped the policy. Students' perspectives are formed by everyday experiences with categorisation and by their self-assessment as legitimate beneficiaries of quotas. In contrast, the policies were designed according to a new racial project, where black consciousness-raising and statistics played an important role.