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Rodrigo Medel Sierralta, Nicolás Manuel Somma González, Sofía Donoso
La literatura sobre participación política ha encontrado persistentemente que la protesta se relaciona clara y significativamente con la participación electoral. Sin embargo, Chile puede considerarse un caso diferente a este patrón. En la última década, era poco probable que los chilenos que participaban en manifestaciones callejeras participaran también en las elecciones. ¿Cómo se explica esta anomalía? Argumentamos que dicha ruptura entre la protesta y las elecciones es el resultado de un distanciamiento efectivo entre las organizaciones del movimiento social (OMS) y la política institucional. Sin embargo, este distanciamiento de las OMS en relación con la política partidaria no ha sido homogéneo. Para examinar esta heterogeneidad, realizamos un diseño comparativo de dos casos: el movimiento obrero y el estudiantil. A partir de un estudio con metodología mixta, que combina entrevistas con líderes de movimientos y encuestas a participantes de las protestas callejeras, buscamos resaltar el papel mediador de las OMS en la promoción de diferentes formas de participación política.
The literature on political participation has consistently found that protest positively and significantly correlates with voting. However, Chile can be considered a deviant case to this pattern. During the last decade, Chileans who participated in street demonstrations were unlikely to participate in elections. What explains this anomaly? We argue that this rupture between participation in protest and in elections results from an effective distancing between social-movement organisations (SMOs) and institutional politics. However, this distancing of SMOs from party politics has not been homogeneous. To examine this heterogeneity, we conduct a comparative design of two cases: the labour and student movements. Based on a mixed-methods study that combines interviews with movement leaders and surveys of protest participants in marches, we seek to highlight the mediating role of SMOs in the promotion of different forms of political participation.
A literatura sobre participação política tem apontado consistentemente que o protesto se correlaciona positiva e significativamente com o voto. No entanto, o Chile pode ser considerado um caso desviante desse padrão. Durante a última década, era pouco provável que os chilenos que participaram nas manifestações de rua também participassem nas eleições. O que explica esta anomalia? Argumentamos que essa ruptura entre a participação em protestos e nas eleições resulta de um distanciamento efetivo entre as organizações de movimentos sociais (OMS) e a política institucional. No entanto, este distanciamento das OMS em relação à política partidária não tem sido homogêneo. Para examinar essa heterogeneidade, realizamos um desenho comparativo de dois casos: os movimentos trabalhista e estudantil. Com base em um estudo de métodos mistos que combina entrevistas com lideranças de movimentos e pesquisas com participantes de protestos em passeatas, buscamos destacar o papel mediador das OMS na promoção de diferentes formas de participação política.
