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Las pandillas son ampliamente consideradas como grandes contribuyentes a los altos índices de violencia afectando a Latinoamérica, particularmente a Centroamérica. Al mismo tiempo, sin embargo, la vasta mayoría de los individuos que se integran a la pandilla terminan dejándola y, se asume, se vuelven menos violentos. Sin embargo, no han sido entendidos del todo ni los mecanismos detrás de este proceso de ‘desistimiento', ni las determinantes que influyen en las trayectorias individuales posteriores a la pandilla, en parte porque el desistimiento pandillero tiende a ser visto como un evento en vez de un proceso. Basado en investigación de campo de largo plazo llevada a cabo en el barrio Luis Fanor Hernández, una colonia pobre en la capital nicaragüense de Managua, y más específicamente en historias de vida ‘arquetípicas’ de pandilleros que ilustran las opciones ocupacionales abiertas a antiguos pandilleros, este artículo ofrece una perspectiva longitudinal del desistimiento y sus consecuencias, con referencia específica a los determinantes alrededor del continuo involucramiento con la violencia (o no).
As gangues são amplamente consideradas as principais contribuintes para os elevados níveis de violência que afligem a América Latina, particularmente a América Central. Ao mesmo tempo, porém, a grande maioria dos indivíduos que se juntam a uma gangue também a deixará em algum momento, tornando-se menos violento. Contudo, os mecanismos subjacentes a este processo de ‘desistência' não são bem compreendidos, nem os determinantes das trajetórias pós-gangues dos indivíduos, em parte porque a desistência tende a ser vista como um evento e não como um processo. Baseando-se em pesquisas etnográficas de longo prazo realizadas no bairro Luis Fanor Hernández, um bairro pobre na capital nicaraguense de Manágua, e mais especificamente em um conjunto de histórias de vida ‘arquetípicas’ de membros de gangues que ilustram as opções ocupacionais abertas a ex-membros, este artigo oferece uma perspectiva longitudinal sobre a desistência e suas consequências, com referência específica aos determinantes do envolvimento continuado (ou não) dos indivíduos com a violência.
Gangs are widely considered major contributors to the high levels of violence afflicting Latin America, including in particular Central America. At the same time, however, the vast majority of individuals who join a gang will also leave it and, it is assumed, become less violent. Having said this, the mechanisms underlying this ‘desistance’ process are not well understood, and nor are the determinants of individuals’ post-gang trajectories, partly because gang desistance tends to be seen as an event rather than a process. Drawing on long-term ethnographic research carried out in barrio Luis Fanor Hernández, a poor neighbourhood in Nicaragua's capital city Managua, and more specifically a set of ‘archetypal’ gang member life histories that illustrate the occupational options open to former gang members, this article offers a longitudinal perspective on desistance and its consequences, with specific reference to the determinants of individuals’ continued engagement with violence (or not).
