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Evelyn Daniela Ehrenfeld Rohland
El enfoque de seguridad multidimensional surge en la Declaración de Bridgetown en 2002 y se consolida en la Declaración de Seguridad de las Américas en México 2003. A veinte años y una pandemia de este hito, resulta pertinente revisitar este enfoque con el propósito de evaluar la incorporación de las nuevas amenazas, desafíos y otras preocupaciones a la seguridad a través de la revisión de documentos de defensa de Argentina, Chile y Colombia. La revisión permitió verificar que la seguridad multidimensional continúa siendo una visión válida en la región, aunque presenta una penetración heterogénea, que va desde una incorporación profunda en Colombia hasta una negación explícita respecto de la ampliación de la defensa nacional de Argentina hacia las nuevas amenazas. En el punto medio se encuentra Chile, que incorpora el enfoque de seguridad multidimensional en su política de defensa nacional, aunque persevera el interés por mantener las amenazas tradicionales como principal ámbito de acción de la defensa. Ahora bien, la crisis generada por la pandemia del COVID-19 evidenció una utilización transversal de las Fuerzas Armadas en tareas de apoyo al orden público, seguridad interna y resguardo de fronteras, además de apoyo logístico y sanitario entre otras, en sintonía con el enfoque de seguridad multidimensional.
The multidimensional security approach emerges in the Bridgetown Declaration in 2002 and consolidates in the Declaration of the Security of the Americas in Mexico 2003. Twenty years and one pandemic from this milestone, it is pertinent to revisit this approach to assess the incorporation of new threats, challenges, and other security concerns through the examination of defense documents from Argentina, Chile, and Colombia. The review confirmed that multidimensional security remains a valid vision in the region, although it exhibits a heterogeneous penetration, ranging from deep integration in Colombia to explicit denial regarding the expansion of Argentina’s national defense towards new threats. In the middle ground is Chile, which incorporates the multidimensional security approach into its national defense policy, although there persists an interest in maintaining traditional threats as the primary focus of defense. However, the crisis generated by the COVID-19 pandemic revealed a cross-cutting use of the Armed Forces in tasks supporting public order, internal security, border protection, as well as logistical and health support, among others, in line with the multidimensional security approach.
A abordagem de segurança multidimensional surgiu na Declaração de Bridgetown em 2002 e consolidou-se na Declaração de Segurança das Américas no México, em 2003. Vinte anos após esse marco e em meio a uma pandemia, mostra-se pertinente revisitar essa abordagem com o objetivo de avaliar a incorporação de novas ameaças, desafios e outras preocupações em relação à segurança por meio da análise de documentos de defesa da Argentina, Chile e Colômbia. A revisão permitiu verificar que a segurança multidimensional continua sendo uma visão válida na região, embora apresente uma penetraçãoheterogênea, desde uma incorporação profunda na Colômbia até uma negação explícita da Argentina em relação à expansão da defesa nacional para as novas ameaças. No ponto intermediário está o Chile, que incorpora a abordagem de segurança multidimensional em sua política de defesa nacional, embora mantenha o interesse em preservar as ameaças tradicionais como o principal foco de ação da defesa. No entanto, a crise gerada pela pandemia deCOVID-19 evidenciou uma utilização transversal das Forças Armadas em tarefas de apoio à ordem pública, segurança interna e proteção de fronteiras, além de apoio logístico e sanitário, em consonância com a abordagem de segurança multidimensional.
