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Denise Kasparian, Agustina Súnico, Julieta Grasas, Julia Cófreces
Suele argumentarse que las plataformas digitales de trabajo suponen una ampliación de oportunidades para las mujeres. Sin embargo, diversos estudios demuestran que persisten la brecha salarial, la división sexual del trabajo, la segregación ocupacional y los estereotipos de género. Por tanto, ¿en qué medida las nuevas formas de trabajo mediadas por las plataformas digitales suponen una ampliación de las oportunidades para las mujeres? Este artículo analiza la inclusión sociolaboral de mujeres de sectores populares en las plataformas digitales contrastando el modelo de las plataformas corporativas frente a la alternativa emergente de las cooperativas de plataforma. El enfoque metodológico se basa en la comparación de dos plataformas: Zolvers, fundada en 2013 con sede en Argentina y que opera como intermediaria entre quienes ofrecen y quienes demandan servicios de limpieza; y Up & Go, fundada en 2017 en Nueva York y propiedad de seis cooperativas de trabajo que utilizan la plataforma para ofrecer servicios de limpieza.
Mientras que Zolvers ofrece oportunidades laborales con posibilidades de formalización pero sin estabilidad, Up & Go es propiedad y está gestionada por cooperativas que buscan garantizar salarios dignos a sus asociades. En cuanto a las condiciones laborales, Zolvers reproduce las asimetrías de poder del trabajo doméstico, subordinando a las trabajadoras a la plataforma y a los contratantes. Por el contrario, Up & Go empodera a las trabajadoras para decidir sobre sus horarios y contratantes. Esto se vincula con la naturaleza cooperativa de Up & Go, que promueve el involucramiento de las trabajadoras en la gobernanza.
É frequente argumentar-se que as plataformas de trabalho digitais significam mais oportunidades para as mulheres. No entanto, estudos mostram que as disparidades salariais, a divisão sexual do trabalho, a segregação profissional e os estereótipos de género persistem. Em que medida, portanto, as novas formas de trabalho mediadas pelas plataformas digitais conduzem a um aumento das oportunidades para as mulheres? Este artigo analisa a inclusão sociolaboral de mulheres de setores populares em plataformas digitais, contrastando o modelo das plataformas corporativas com a alternativa emergente das cooperativas de plataformas. A abordagem metodológica baseia-se na comparação de duas plataformas: a Zolvers, fundada em 2013 e sediada na Argentina, que opera como intermediária entre quem oferece e quem procura serviços de limpeza; e a Up & Go, fundada em 2017 em Nova Iorque e propriedade de seis cooperativas de trabalhadores que utilizam a plataforma para oferecer serviços de limpeza. Enquanto a Zolvers oferece oportunidades de emprego com a possibilidade de formalização, mas sem estabilidade, a Up & Go é detida e gerida por cooperativas que procuram garantir salários dignos aos seus membros. Em termos de condições de trabalho, a Zolvers reproduz as assimetrias de poder do trabalho doméstico, subordinando os trabalhadores à plataforma e aos empregadores. Em contrapartida, a Up & Go dá poder aos trabalhadores para decidirem os seus horários e empregadores. Isto está relacionado com a natureza cooperativa da Up & Go, que promove o envolvimento dos trabalhadores na governação.
It is usually argued that digital labour platforms entail an expansion of opportunities for women. Various studies, however, show that the wage gap, the sexual division of labour, the occupational segregation and gender stereotypes still persist. Hence, to what extent do the new forms of labour mediated by digital platforms lead to an expansion of opportunities for women? This article analyses the socio-labour inclusion of women from popular sectors in digital platforms by contrasting the model of corporate platforms against the emerging alternative of platform cooperatives. The methodological approach is based on the comparison of two platforms: Zolvers, founded in 2013 with headquarters in Argentina and which operates as an intermediary between those who offer and those who require home cleaning services; and Up & Go, founded in 2017 in New York and is owned by six worker cooperatives that use the platform to offer cleaning services. While Zolvers offers job opportunities with possibilities of formalisation but without stability, Up & Go is owned and managed by cooperatives that seek to guarantee living wages for their worker-members. Concerning working conditions, Zolvers reproduces power asymmetries of domestic work, subordinating workers to the platform and the hirers. On the contrary, Up & Go empowers women to decide on their schedules and hirers. This is linked to the cooperative nature of Up & Go, which promotes workers' involvement in governance.
