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John Saxe Fernández
Casi ochenta años después del establecimiento de la estructuración internacional levantada tras el fin de la Segunda Guerra Mundial, la intensificación de conflictos regionales en lugares críti-cos desde el punto de vista geopolítico, hoy se presenta más que nunca como amenaza para la vida. La guerra que hoy se gesta en territorio ucraniano, desatada por el incesante acoso de Esta-dos Unidos y la Organización del Tratado del Atlántico Norte (OTAN) contra Rusia, forma parte de lo que se han denominado guerras proxy o guerras por encargo insertas en la creciente irra-cionalidad estratégica de la riesgosa diplomacia de fuerza de EE UU para enfrentar su cada vez más pronunciado declive hegemónico. La apertura de frentes de guerra, en territorios como Ucra-nia o Palestina, que no son más que frentes paralelos de una única guerra global, no solo aumen-tan la probabilidad de una devastación terminal, por la irracional y omnicida búsqueda de la supremacía nuclear como parte fundamental de la “gran estrategia” estadounidense, sino que se desarrollan en medio de un colapso climático capitalogénico que ha dejado evidencias claras de que el planeta no cuenta con suficiente atmósfera para lidiar con las desastrosas consecuencias del capitalismo como sistema social
Almost eighty years after the establishment of the international structure raised after the end of the Second World War, the intensification of regional conflicts in critical places from a geopolit-ical point of view, today appears more than ever as a threat to life. The war that is brewing today in Ukrainian territory, unleashed by the incessant harassment of the United States and the North Atlantic Treaty Organization (NATO) against Russia, is part of what have been called proxy wars or wars for hire inserted in the growing strategic irrationality of the risky US force diplo-macy to confront its increasingly pronounced hegemonic decline. The opening of war fronts, in territories such as Ukraine or Palestine, which are nothing more than parallel fronts of a single global war, not only increases the probability of terminal devastation, due to the irrational and omnicidal search for nuclear supremacy as a fundamental part of the American “grand strategy”, but they are developing in the midst of a capitalogenic climate collapse that has left clear evi-dence that the planet does not have enough atmosphere to deal with the disastrous consequences of capitalism as a social system.
Quase oitenta anos após o estabelecimento da estrutura internacional erguida após o fim da Segunda Guerra Mundial, a intensificação dos conflitos regionais em locais críticos do ponto de vista geopolítico, surge hoje mais do que nunca como uma ameaça à vida. A guerra que hoje fermenta em território ucraniano, desencadeada pelo assédio incessante dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) contra a Rússia, faz parte do que tem sido chamado de guerras proxy ou guerras de aluguel inseridas na crescente irracionalidade estraté-gica da arriscada força diplomática dos EUA para enfrentar o seu declínio hegemónico cada vez mais pronunciado. A abertura de frentes de guerra, em territórios como a Ucrânia ou a Palestina, que nada mais são do que frentes paralelas de uma guerra única global, não só aumenta a probabi-lidade de devastação terminal, devido à procura irracional e omnicida da supremacia nuclear como parte fundamental da “grande estratégia” americana, mas estão a desenvolver-se no meio de um colapso climático capitalogénico que deixou provas claras de que o planeta não tem atmosfe-ra suficiente para lidar com as consequências desastrosas do capitalismo como sistema social.
