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Matheus Tavares do Carmo, Marcelo Carvalho Costa
, Simone Tiemi Taketa Bicalho
Objetivo: Este trabalho teve como objetivo levantar, analisar e propor melhorias ao processo ao longo da colheita dos frutos descartados de maracujá no campo durante e pós-colheita através de uma metodologia voltada à logística verde e logística reversa, contemplada na Lei nº 12.305/ 2010 que é a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Uma das formas é realizar o aproveitamento energético dos resíduos sólidos gerados, gerando energia renovável.
Referencial teórico: Os resíduos sólidos é um dos grandes desafios da sustentabilidade mundial. Sendo que a quantidade de casca de maracujá descartado desde o campo e processamento é um tema de relevância. Pois os mesmos deveriam ser segregados corretamente para terem o ciclo de vida prolongado. Contudo, temos no Brasil a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituído pela Lei n º 12.305/2010. Para isso é necessário a promoção da conscientização das pessoas e adoção de práticas mais sustentáveis, de acordo com a Agenda 21, que é a agenda de compromissos para o desenvolvimento sustentável para o século XXI, visando reduzir os impactos ambientais adversos, promoção da economia verde e de uma sociedade mais justa. Uma das alternativas é reduzir a geração de resíduos fazendo a colheita no ponto certo de maturação que é a partir do estágio 3 ao 5, por meio de educação dos colhedores. (SALVADOR, 2022) Outra alternativa, é a compostagem das cascas após o processamento do suco. Pois, cerca de 12 milhões de cascas só de uma empresa, são desperdiçadas por ano. (PAULA et al., 2017, p.2) Bem como, transformar a casca em biocombustível, contribuindo para a redução da emissão de carbono.
Método: Este trabalho teve como percurso metodológico a pesquisa exploratória, baseada em revisão bibliográfica, com coleta de dados de trabalhos acadêmicos e livros e artigos científicos. Os dados foram analisados quantitativamente. Foram elaboradas as proposições de melhorias com base na literatura levantada.
Resultados e conclusão: Analisado se ela está apenas danificada por fora”, identificado na cadeia logística do agronegócio com a modelagem de processo, mais especificamente, na cadeia do maracujá Passiflora edulis, este trabalho objetivou solucionar o seguinte problema “Após a colheita da fruta, ocorre a verificação da qualidade dela na qual é analisado se ela está apenas danificada por fora” através de uma metodologia voltada à logística verde e logística reversa buscando reduzir os desperdícios, e assim, tentar atingir um aproveitamento de 100% da fruta. Para isso, o maracujá pode ser utilizado de diversas outras formas como: beneficiar-se da biomassa reaproveitando seus resíduos gerados e frutas estragadas, um mapeamento de processo seguido de uma conscientização e a opção de seguir para o mercado in-natura ou de polpas analisando seus estágios. Foram utilizadas ferramentas voltadas a logística verde, logística reversa, a tecnologia que permitiria a rastreabilidade desses frutos e a conscientização dos colhedores que são assuntos levantados ao longo do trabalho não pensando apenas na redução do desperdício, mas também, em como reduzir os resíduos gerados e opções sustentáveis para eles. Essas questões são de total importância visto que são temas tratados na própria ODS, na Agenda 21 e na COP 26, que são eventos sustentáveis que tratam sobre esses temas de energia renovável e da geração de resíduos sólidos. Foi possível mostrar a redução da geração de resíduos sólidos de casca de maracujá e mitigar emissão de GEE para fins energéticos.
Implicações da pesquisa: O presente trabalho permitirá que um resíduo sólido de biomassa possa ser utilizado para fins energéticos, contribuindo para a descarbonização da produção de energia. Estudos sobre esta temática são relevantes, uma vez que se busca a sustentabilidade dos processos.
Originalidade/valor: O trabalho apresenta a relação da redução de descarte de maracujás desde o cultivo no campo, descarte de seus resíduos da colheita e no processamento do suco, que são as cascas, que geram energia e a promoção da descarbonização com uso das cascas como combustível. Tal relação é incipiente na literatura existente.
