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Resumen: Este artículo propone analizar el despertar chileno a la luz de la ola global de movimientos sociales y revueltas ciudadanas que surgieron desde el 2010 en adelante, en todas las regiones del mundo. Se realizaron entrevistas, observaciones directas y análisis del estallido chileno, y de una serie de movimientos sociales ocurridos dentro de este periodo. A partir de estos resultados, el artículo propone destacar ocho características compartidas por estas movilizaciones internacionales que contribuyen a un análisis del movimiento chileno y de sus impactos. Estas son: las escalas y los espacios de la acción; la forma de organización reticular y adhocrática; las demandas formuladas en términos de dignidad, justicia social y democratización; las dimensiones subjetivas de estos movimientos; las dimensiones expresivas y artísticas; los espacios de encuentros y de experiencia; las dimensiones interseccionales; y la evolución de la relación a la política institucional. Analizar el movimiento chileno a partir de características compartidas con revueltas y movimientos de la “ola global de movimientos de los años 2010” invita a cambiar la mirada sobre los impactos del estallido. Más allá de sus impactos a corto plazo en la política institucional, se invita a considerar las huellas del movimiento en distintos ámbitos de la sociedad chilena, sin negar ni la importancia de los cambios políticos, ni el peso de los actores conservadores.
Resumo: Este artigo se propõe a analisar o despertar chileno à luz da onda global de movimentos sociais e revoltas cidadãs que surgiram a partir de 2010, em todas as regiões do mundo. Foram realizadas entrevistas, observações diretas e análises do surto chileno e de uma série de movimentos sociais ocorridos nesse período. Com base nesses resultados, o artigo propõe destacar oito características compartilhadas por essas mobilizações internacionais que contribuem para uma análise do movimento chileno e seus impactos. São eles: as escalas e espaços da ação; a forma de organização reticular e adhocrática; as reivindicações formuladas em termos de dignidade, justiça social e democratização; as dimensões subjetivas desses movimentos; as dimensões expressiva e artística; espaços de encontro e vivência; as dimensões interseccionais; e a evolução da relação com a política institucional. Analisar o movimento chileno a partir de características compartilhadas com revoltas e movimentos da “onda global de movimentos dos anos 2010” nos convida a mudar nossa perspectiva sobre os impactos do surto. Além de seus impactos de curto prazo na política institucional, convida-se a considerar os rastros do movimento em diferentes áreas da sociedade chilena, sem negar a importância das mudanças políticas ou o peso dos atores conservadores.
Abstract: This article analyzes the Chilean Awakening in light of this global wave of social movements and citizen revolts that emerged since 2010 in all regions of the world. Based on interviews, direct observations and analysis during the Chilean outbreak and a series of international mobilizations throughout the decade, the author points to eight characteristics shared by these international mobilizations that contribute to an analysis of the Chilean movement and its impacts: the scales and spaces of action; the form of reticular and adhocratic organization; the demands formulated in terms of dignity, social justice and democratization; the subjective dimension of these movements; the expressive and artistic dimensions; the spaces of encounters and experience; the intersectional dimensions and the evolution of the relationship to institutional politics. The last section invites us to make the link between social movements, institutional politics and social change more complex. Without denying the importance of political processes, reducing social movements to their impact on institutional politics is an analytical bias that prevents us from understanding some fundamental dimensions of these actors and the most crucial part of the change they drive.
