Ingrid Validivia
El avance en el alcance e interpretación de los derechos ha permitido no solamente que poco a poco se brinden mayores garantías para las personas humanas, tanto a nivel nacional como internacional, sino que se modifique la noción misma de los sujetos de derechos. En este sentido, actualmente, la protección se ha ampliado para cobijar a los denominados seres no humanos, como pueden ser los animales, ríos o plantas. Respecto a estas tendencias cabe preguntarse: ¿este nuevo entendimiento de los derechos se debe a un verdadero cambio de perspectiva que concibe a los seres no humanos como sujetos de derechos? O, por el contrario, ¿las nuevas tendencias reconocen los derechos de seres no humanos porque es posible que los daños a ellos afecten directa o indirectamente a los seres humanos? La respuesta a esta última inquietud es relevante, dado que eso determina tanto el alcance de la protección a los seres no humanos como las formas de reparación. Por ello, el presente texto pretende exponer los derechos de los seres no humanos proponiendo que una visión distinta a la antropocéntrica tradicional, como es la cosmovisión indígena, puede permitir una mejor comprensión de los derechos de los seres no humanos y su derecho a la reparación.
Os avanços no alcance e na interpretação dos direitos permitiram não só que, a nível nacional e internacional, fossem conferidas cada vez mais garantias aos seres humanos, como também se modificou a própria noção de sujeitos de direitos. Nesse sentido, atualmente, a proteção tem se estendido aos chamados seres não humanos, como animais, rios ou plantas.
Diante dessas novas tendências, cabe perguntar: essa nova compreensão dos direitos decorre de uma verdadeira mudança de perspectiva que concebe os seres não humanos como sujeitos de direitos? Ou, ao contrário, as novas tendências continuam respondendo ao reconhecimento dos direitos dos seres não humanos porque é possível que o dano a eles afete direta ou indiretamente os seres humanos? A resposta a essa preocupação é relevante, pois determina tanto o alcance da proteção aos seres não humanos quanto as formas de reparação. Por isso, este texto pretende expor os direitos dos seres não humanos, propondo que uma visão diferente da visão antropocêntrica tradicional, como por exemplo a cosmovisão indígena, pode permitir uma melhor compreensão dos direitos dos seres não humanos e seu direito à reparação.