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Ned Littlefield, Douglas Block
Los militares brasileños han mostrado recientemente un inesperado retorno a la política al participar más activamente en la formulación e implementación de políticas internas tanto antes como durante el gobierno de Bolsonaro, poniendo así en riesgo la consolidación democrática. Para ayudarnos a entender este desarrollo, examinamos por qué los militares desafían abiertamente a la autoridad civil sobre ciertos temas, en tanto que permanecen en silencio sobre otros. Mientras que trabajos previos ponen énfasis en factores externos como la amenaza civil a las prerrogativas militares, aquí argumentamos que la contestación de la autoridad civil se origina en buena parte a partir de los conflictos militares internos sobre cómo ejercitar el poder. Los militares utilizan la contestación para coordinar prerrogativas con civiles y para comunicar dentro de las fuerzas armadas para incrementar a su cohesión. Nosotros ilustramos este argumento con estudios de caso de contestación militar alrededor de la selección de la dirigencia política y la seguridad interna, usando el discurso de la Comandancia del Ejército a través de publicaciones en Twitter y de declaraciones públicas, junto con entrevistas a informantes clave y publicaciones militares.
The Brazilian military has recently executed an unexpected return to politics by engaging more actively in domestic policymaking and implementation both before and during the Bolsonaro government, thus jeopardising democratic consolidation. To help understand this development, we examine why the military openly challenges civilian authority over some issues, while remaining silent on others. Whereas prior work emphasises external factors like civilians’ threats to military prerogatives, we argue that contestation of civilian authority stems in no small part from internal military conflict over how to utilise power. The military uses contestation to coordinate prerogatives with civilians and to communicate within the armed forces to increase cohesion. We illustrate this argument with case studies of military contestation surrounding political leadership selection and internal security, using the Army Commander's discourse via Twitter posts and public statements, plus key informant interviews and military publications.
Os militares brasileiros realizaram recentemente um retorno inesperado à política, envolvendo-se mais ativamente na formulação e implementação de políticas domésticas antes e durante o governo Bolsonaro, colocando assim em risco a consolidação democrática. Para ajudar-nos a entender esse desenvolvimento, examinamos por que os militares desafiam abertamente a autoridade civil em algumas questões, mas permanecem em silêncio sobre outras. Considerando que trabalhos anteriores enfatizam fatores externos, como ameaças de civis a prerrogativas militares, argumentamos que a contestação da autoridade civil decorre em grande parte do conflito militar interno sobre como utilizar o poder. Os militares usam a contestação para coordenar prerrogativas com civis e para se comunicar dentro das forças armadas para aumentar a coesão. Ilustramos esse argumento com estudos de caso de contestação militar em torno da seleção de liderança política e segurança interna, usando o discurso do Comandante do Exército por meio de postagens no Twitter e declarações públicas, juntamente com entrevistas com informantes-chave e publicações militares.
