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Los esfuerzos por implementar una reforma agraria durante la fase armada de la Revolución mexicana (1910–20) han quedado en buena parte a la sombra de los acontecimientos más violentos de este periodo. Basado en expedientes del Archivo General Agrario de la Ciudad de México, este artículo muestra cómo habitantes de diferentes partes de México negociaron sus reclamos agrarios con los distintos regímenes revolucionarios, prestando atención en particular a los comités locales creados para fijar linderos, levantar censos de la población rural y repartir tierras. Estas negociaciones entre funcionarios agrarios y pobladores sentaron las bases de la primera administración nacional posrevolucionaria. Las instancias agrarias creadas a nivel federal fungieron como un poder legislativo, asumieron funciones cuasijudiciales y restringieron el papel de los gobiernos municipales y estatales, y estos rasgos caracterizarían la reforma agraria mexicana durante los siguientes 70 años. Al destacar las formas en que los primeros esfuerzos de reforma agraria contribuyeron a la formación del Estado, este artículo cuestiona la tendencia actual de las ciencias sociales a ‘descentrar’ el régimen posrevolucionario mexicano.
Land reform efforts during the armed phase of the Mexican revolution (1910–20) remain largely overshadowed by the more dramatic events of the period. Based on records held in the Archivo General Agrario in Mexico City, this article shows how villagers in different parts of Mexico negotiated their claims to land with various revolutionary regimes during the armed struggle, with particular attention to the local committees created to measure land boundaries, conduct village censuses and distribute land. These negotiations between agrarian officials and villagers laid the foundations for the first post-revolutionary national administration. The emergent federal agrarian offices doubled as a legislative branch of government, assumed quasi-judicial functions and restricted the role of municipal and state governments – qualities that would characterise Mexico's agrarian reform for the next 70 years. In highlighting the ways that early land reform efforts contributed to state formation, this article questions the current social science inclination to ‘decentre’ Mexico's post-revolutionary regime.
Os esforços para instaurar a reforma agrária durante a fase de luta armada da Revolução Mexicana (1910–20) continuam em boa parte ofuscados por acontecimentos mais dramáticos ocorridos durante o período. Com base em registros guardados no Arquivo Geral Agrário na Cidade do México, é demonstrada o processo de negociação dos camponeses de diversas partes do México com os vários regimes revolucionários ao longo do período de luta armada, dando especial atenção aos comitês locais criados para medir as divisas entre as terras, a condução de pesquisas de censo dos vilarejos e a distribuição das terras. Estas negociações entre os oficiais agrários e os camponeses formaram os alicerces da primeira administração pós-revolucionária nacional. Os ascendentes escritórios agrários federais também operararam como um braço legislativo do governo, assumindo funções quase judiciais e restringindo o alcance dos governos municipais e estaduais; traços estes que caracterizariam a reforma agrária mexicana ao longo dos próximos setenta anos. Ao sublinhar as maneiras nas quais tentativas incipientes de reforma agrária contribuiram para a formação do estado, questiona-se a atual tendência nas ciências sociais de “descentralizar” o regime pós-revolucionário mexicano.
