Mathijs van Leeuwen
Este artículo trata del papel de la sociedad civil tras un violento conflicto armado. Se argumenta que la transformación lograda por organizaciones de la sociedad civil (OSCs) son más ambiguas de lo que suponen tanto donantes como ONGs. Se analiza cómo, diez años después de los acuerdos de paz de 1996, las OSCs de Guatemala han manejado el conflicto agrario. El artículo discute detalladamente el caso de una organización relacionada a la iglesia que asiste a campesinos en conflictos agrarios y los retos que enfrenta en definir sus estrategias. Indica que los donantes y las ONGs deberían de dejar de ver las dificultades del cambio organizativo en situaciones de posconflicto exclusivamente en términos de las incapacidades internas de la sociedad civil. Más bien, deberían repolitizar sus análisis y enfocarse en la importancia de procesos sociales y políticos más amplios en situaciones de posconflicto para identificar las opciones estratégicas abiertas a las OSCs.
This article is about the role of civil society after violent conflict. It argues that the transformations that civil society organisations (CSOs) make are more ambiguous than supporting donors and NGOs presume. The article analyses how, ten years after the 1996 peace agreements, Guatemalan CSOs deal with agrarian conflict. It discusses in detail the case of a church-related organisation assisting peasants with agrarian conflicts and the challenges it faced in defining its strategies. The article argues that supporting donors and NGOs should stop seeing the difficulties of organisational change in post-conflict situations exclusively in terms of the internal incapacities of civil society. Instead, they should re-politicise their analyses and focus on the importance of broader social and political processes in post-conflict settings for the strategic options open to CSOs.
Este artigo trata do papel da sociedade civil após conflitos violentos armados. Argumenta que as transformações realizadas por organizações da sociedade civil (CSOs, sigla em inglês) são mais ambíguas do que presumem os patrocinadores e as ONGs que as apóiam. Analisa-se como CSOs guatemaltecas lidam com conflitos agrários após dez anos dos acordos de paz de 1996. Discute-se em detalhes o caso de uma organização relacionada à Igreja que assiste camponeses em conflitos agrários e os desafios ao definir estratégias. Defende-se que patrocinadores e ONGs ao apoiar tais organizações deveriam deixar de perceber as dificuldades de mudança organizacional em situações pós-conflito exclusivamente como consequência das incapacidades internas de sociedades civis. Ao invés, recomenda-se que suas análises se politizem novamente e que a importância de processos sociais e políticos mais amplos em situações pós-conflito deveriam ser focalizadas como opções estratégicas que se apresentam as CSOs.