Brasil
Este artigo tem por objetivo resgatar a história de vida de uma mulher indígena pensando seu corpo-território no processo de autorreconhecimento, a partir de referenciais teóricos decoloniais, feministas e de fronteira. Como metodologia apostamos na hibridização de ferramentas narrativas com a perspectiva ética-política da decolonialidade. Para a construção das narrativas, foram utilizados diários de campo, entrevistas abertas, fotografias e escrevivências da pesquisadora. A questão da identidade indígena é complexa, já que diz de processos subjetivos e também coletivos. No entanto, podemos perceber que ao contrário do que temos dado por identidade como algo que é estático, típico da modernidade, a história de vida estudada revela a identidade muito mais como um fluxo, movimento e transformação, em que a ideia de corpo-território é fundamental já que todas nós fazemos parte desse organismo vivo que é a terra.