Karin Rank Liebl, Iana Gomes de Lima, Marialva Moog Pinto
O presente estudo trata dos pressupostos gerenciais que embasam a existência das avaliações em larga escala e o discurso de que estas trariam a possibilidade de aferir a qualidade de cada instituição de ensino e, assim, medir o sistema educativo a partir de um padrão homogeneizador. Tem como objetivo apontar que o princípio da homogeneização/padronização que embasa as avaliações em larga escala e o princípio da diversidade que alicerça a inclusão de alunos com deficiência são elementos contraditórios, mas que se apresentam, de forma concomitante, na prática educacional em diferentes etapas de ensino. Para tanto, metodologicamente, fez-se uso de uma revisão bibliográfica a partir de autores que estudam as avaliações em larga escala no Brasil e contextualizou-se o surgimento deste tipo de avaliação no cenário educacional brasileiro. Ademais, realizou-se uma revisão a partir de autores que embasam as discussões sobre a inclusão de alunos com deficiência e a legislação específica que trata desta temática. A partir da compreensão acerca da temática de estudos, consideramos, por fim, que o sistema educativo não possui um discurso único sobre a inclusão de pessoas com deficiência, uma vez que sua legislação obrigada determinadas ações que não são cumpridas pelo próprio sistema.