Brasil
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Ao celebrar o centenário da Reforma Universitária que aconteceu em 1918 em Córdoba, na Argentina, trazemos ao debate a importância de estudar essa experiência de rebelião contra a hierarquia universitária, ao passo que destacamos também sua atualidade, principalmente no que diz respeito à necessidade de democratização da universidade e sua vinculação a classe trabalhadora e setores populares. Objetivamos contribuir para que essa experiência seja conhecida pela ampla maioria dos estudantes no Brasil, indicando também sua relevância para (re)construir um novo movimento estudantil numa perspectiva emancipadora. Para isso, realizamos uma revisão histórico-bibliográfica sobre o que propunha e o que significou a referida reforma em termos de autonomia e democratização, e que assinalou o nascimento de uma nova geração latino-americana, provocando agitações posteriores em outros países do subcontinente. Ressaltamos que essa experiência evidencia o papel ativo do movimento estudantil enquanto ator social na promoção de mudanças sociais pautadas por uma orientação inerente à luta de classes e na concretude da construção de um projeto que vislumbra uma nova hegemonia na sociedade. Como conclusões, destacamos a atualidade da luta pela democratização e o objetivo de vincular a universidade aos problemas da sociedade, terreno fértil para o desenvolvimento de uma educação emancipadora e popular.