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David Estévez Lledó
Las fuentes de derecho aplicable constituyen un aspecto nuclear del sistema judicial de la Corte Penal Internacional, pues delimita tanto sus herramientas de trabajo como el método de empleo de estas. Dichas fuentes, consagradas en el artículo 21 de su Estatuto, comprenden una jerarquía de fuentes internas y externas, la jurisprudencia de la Corte y, por último, los derechos humanos internacionalmente reconocidos.
El presente ensayo tiene por objeto en el estudio de algunos de los interrogantes que plantean los derechos humanos internacionalmente reconocidos como fuente del derecho aplicable por la Corte. En particular, nuestro análisis abarca desde conceptos tan básicos como “¿qué debe entenderse por derechos humanos ‘internacionalmente reconocidos’?”, y “¿cuáles son esos derechos?”; hasta las más complejas problemáticas, derivadas de la naturaleza de estos derechos como cúspide de la jerarquía normativa de la Corte, y la legitimación de esta para actuar, en última instancia, como “legisladora de facto” para proteger tales derechos en caso de conflicto con su Estatuto.
Para ello, se tomarán como referencia los principales aportes doctrinales y jurisprudenciales que han intentado dar respuesta acerca del contenido, alcances e implicaciones de la función que los derechos humanos internacionalmente reconocidos desempeñan ante la Corte Penal Internacional.
The sources of applicable law constitute a nuclear aspect of the judicial system of the International Criminal Court since it defines both its working tools and the method of using them. Such sources, enshrined in article 21 of its Statute, comprise a hierarchy of internal and external sources, the jurisprudence of the Court, and, finally, internationally recognized human rights.The purpose of this essay is to study some of the questions raised by internationally recognized human rights as a source of law applicable by the Court. In particular, our analysis ranges from such basic concepts as "what should be understood by 'internationally recognized' human rights?", and "which are those rights?"; to the most complex problems, derived from the nature of these rights as the apex of the Court's normative hierarchy, and its legitimacy to act, ultimately, as "de facto legislator" to protect such rights in the event of a conflict with its Statute.To do this, the main doctrinal and jurisprudential contributions that have tried to respond to the content, scope, and implications of the role that internationally recognized human rights play before the International Criminal Court will be taken as a reference.
As fontes do direito aplicável constituem um aspecto nuclear do sistema judiciário do Tribunal Penal Internacional, pois definem tanto seus instrumentos de trabalho quanto o modo de utilizá-los. Essas fontes, consagradas no artigo 21 de seu Estatuto, compreendem uma hierarquia de fontes internas e externas, a jurisprudência da Corte e, por fim, os direitos humanos internacionalmente reconhecidos.O objetivo deste ensaio é estudar algumas das questões levantadas pelos direitos humanos reconhecidos internacionalmente como fonte de direito aplicável pela Corte. Em particular, nossa análise varia de conceitos básicos como "o que deve ser entendido por direitos humanos 'reconhecidos internacionalmente'?", e "quais são esses direitos?"; aos problemas mais complexos, derivados da natureza desses direitos como ápice da hierarquia normativa da Corte, e sua legitimidade para atuar, em última instância, como “legislador de fato” para proteger tais direitos em caso de conflito com seu Estatuto.Para isso, serão tomadas como referência as principais contribuições doutrinárias e jurisprudenciais que tentaram responder ao conteúdo, alcance e implicações do papel que os direitos humanos internacionalmente reconhecidos desempenham perante o Tribunal Penal Internacional.
